Justiça inclui sindicato no processo de recuperação da Avianca
O sindicato vai entrar no processo de recuperação da Avianca Brasil. A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo aceitou o pedido do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para ingressar na ação de recuperação judicial da companhia como parte interessada.
A Justiça deve decidir sobre a posse de aeronaves que estão em uso pela Avianca – e que estão arrendadas – nesta sexta (1º). A companhia, no entanto, pediu mais prazo para regularizar o pagamento a empresas de arrendamento de aviões e motores, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal Valor Econômico.
A Avianca está tentando renegociar parcelas atrasadas com oito das empresas de arrendamento. Cinco delas exigem a devolução de 24 aeronaves e já informaram à Justiça não terem aceitado a proposta da companhia para o pagamento de dívidas.
A Justiça tem duas opções. Ela pode aceitar o pedido dessas empresas e determinar a devolução imediata das aeronaves ou prorrogar novamente o prazo de sua tutela.
A companhia, entretanto, não possui dinheiro em caixa para pagar os credores hoje, além de bancar suas despesas operacionais. A ajuda pode vir de fora. A Avianca está no processo de fechar um acordo com o fundo Elliot Management, o que lhe garantiria uma injeção de R$ 250 milhões. O seu pedido de prorrogação do prazo à Justiça é baseado nesse acordo.
O acordo da Avianca com o fundo Elliot Management
A Avianca Brasil acredita que as negociações com o fundo de hedge Elliott Management evitem que seus aviões parem.
De acordo com a “Folha de S.Paulo”, a Avianca Brasil tem negociado com a Elliott por um empréstimo de R$ 250 milhões, por meio do crédito hedge funds.
No entanto, até o momento nenhum acordo foi alcançado. As empresas de leasing credoras da Avianca não foram pagas pela companhia aérea.
A empresa planeja dizer ao juiz que acompanha a recuperação judicial que existe um progresso nas negociações de empréstimos. Desta forma, espera que o tribunal aumente o prazo para alcançar um acordo.
A Avianca tem como seus principais credores as empresas de leasing de aeronaves:
- Aircastle;
- GE Capital Aviation (General Electric).
Ambas as empresas buscam retomar os aviões, desde dezembro do último ano.
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Avianca e a perda de aviões
A Avianca pode perder seus aviões caso não haja acordo que evite calote, até esta sexta-feira (1).
No dia 14 de janeiro, a Justiça concedeu o prazo para que a companhia apresentasse a proposta às arrendadoras de aeronaves, onde se comprometeria a realizar os próximos pagamentos respeitando os vencimentos.
Entretanto, a empresa ainda não havia fechado nenhum acordo até a noite da última quarta-feira (30). No total, oito arrendadoras têm créditos com a Avianca.
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Em caso de ausência de acordo, o juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, poderá determinar reintegração de posse dos aviões.
Balanço 3º trimestre 2018
A Avianca registrou um prejuízo de R$ 188 milhões no terceiro trimestre de 2018. As informações foram passadas pela própria companhia à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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As demonstrações contábeis da Avianca Brasil indicam que o prejuízo foi causado por perdas em operações internacionais e alta do câmbio. O aumento do dólar impactou no preço do querosene e outras despesas atreladas à moeda.