Tribunal decidiu na última segunda-feira (8) que empresas de leasing retomem seus 15 aviões que são operados pela Avianca Brasil.
A Aircastle e Aviation Capital Group fazem parte do grupo de empresas de leasing que tinham contrato e que disponibilizava 18 aviões à Avianca.
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Credores aprovam nova recuperação judicial
A Avianca é a quarta maior companhia aérea do Brasil e está em recuperação judicial desde dezembro de 2018. Isso, por conta do acúmulo de prejuízos e atrasos em pagamentos de arrendamentos de aeronaves.
Na noite da última sexta-feira (5), os credores da Avianca Brasil aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia. Entre os presentes na assembleia, 80% concordaram com os termos.
A assembleia havia sido suspensa após discordâncias de representantes dos trabalhadores e de empresas que prestam serviços à Avianca Brasil. O grupo discordava do pagamento das dívidas da empresa.
Na proposta apresentada na assembleia, consta a divisão da empresa em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPI), cujo leilão deve ser realizado ainda em abril, de acordo com a companhia.
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Propostas
Em março deste ano, a Azul fez uma proposta para comprar parte das operações da Avianca por US$ 105 milhões, algo em torno de R$ 405 milhões.
Na última quinta-feira (3), a Latam e a Gol também concordaram em fazer uma proposta para adquirir os ativos da aérea. No entanto, as duas companhias apoiam a proposta de dividir a Avianca em sete partes. Dessa forma, as empresas tentariam ficar com ao menos uma das Unidades Produtivas Isoladas (UPI) da companhia, por US$ 70 milhões, cerca de R$ 270 milhões.
No entanto, o Departamento de Estudos Econômicos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), aponta possíveis problemas caso o plano de divisão em sete partes da Avianca seja realmente realizado.
De acordo com o Cade, caso aconteça, a operação fará tanto a Gol quanto a Latam possuir a concentração do mercado. No caso da obtenção dos ativos por parte da Azul, o nível de preocupação concorrencial é menor, afirma o conselho.
A Avianca tem uma dívida de 2,8 bilhões de reais e está recorrendo a empréstimos para tentar manter suas atividades. O plano de recuperação judicial apresentado prevê a divisão da empresa em sete UPIs. Nelas serão alocados os ativos da companhia aérea que em seguida serão leiloadas no processo de recuperação judicial. O valor obtido através desses leilões será integralmente utilizado para pagar as dívidas.