A Justiça dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (5) a proposta de empréstimo para a companhia aérea colombiana Avianca Holdings no valor de cerca de US$ 2 bilhões (equivalente a R$ 11,13 bilhões) para o pagamento das dívidas referentes ao seu processo de recuperação judicial.
O Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York aprovou o empréstimo à empresa no formato de Debtor in possession (DIP), que dará aos credores a prioridade no recebimento das dívidas com a Avianca.
A proposta de recuperação da empresa inclui um empréstimo na parcela A de US$ 1,27 bilhão, que virão de novos credores; e um segundo na tranche B de US$ 722 milhões, que virão de detentores de notas seniores da Avianca, com vencimento para 2023. A oferta ainda prevê o refinanciamento de dívida preexistente e financiamento de aquisições no valor de US$ 408 milhões.
A companhia informou que, do total de recursos da tranche A, US$ 240 milhões foram estruturados como empréstimo-ponte, em vista de permitir a possível participação de um ou mais governos.
Enquanto isso, na parcela B, o crédito será composto por recursos concedidos por antigos credores da Avianca, incluindo os acionistas na companhia Kingsland Holdings e a United Airlines, e outros financiadores externos. Do total, US$ 336 milhões são recursos novos e US$ 386 milhões são de refinanciamento de dívidas conversíveis em ações, emitidas em dezembro do ano passado e janeiro de 2020.
Empréstimo da respaldo às operações da Avianca
O presidente da companhia aérea, Anko van der Werff, salientou, em comunicado, que o empréstimo deve elevar a liquidez da empresa, respaldando suas operações.
A Avianca realizou mudanças em sua malha aérea e, neste momento, possui rotas para 21 cidades na Colômbia e 14 destinos internacionais. “Esperamos acrescentar mais destinos para satisfazer as necessidades de viagem dos nossos clientes nos próximos meses”, destacou o executivo.