A Justiça do Paraná determinou o bloqueio de um total de R$ 3,57 bilhões do MDB, do PSB, de políticos e empresas. A medida é referente a uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal. Além disso, o processo faz parte da Operação Lava Jato.
A investigação que resultou no bloqueio é sobre esquemas entre a Petrobras e a construtora Queiroz Galvão. Além disso, o processo também apura pagamentos de propinas. Assim, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) apontou indícios de práticas de improbidade por partidos e políticos. Entre os acusados no processo estão:
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- Valdir Raupp (MDB-RO);
- Eduardo da Fonte (PP-PE);
- Fernando Bezerra (MDB-PE);
Além destes, até políticos já falecidos também estão na lista. Assim, o bloqueio atinge também espólios de Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Eduardo Campos (PSB-PE). Dentre as empresas, a Vital Engenharia também é investigada.
O senador Fernando Bezerra é o atual líder do governo na Casa e já apresentou recurso ao TRF-4. Assim, o político teve um total de R$ 258 milhões bloqueados. Bezerra foi o relator da reforma administrativa. Além disso, ele foi o responsável por buscar intermediar as questões sobre o Coaf e os auditores da Receita Federal. O intermédio era feito entre o governo e os parlamentares.
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Valores do bloqueio
Antes da decisão, porém, o MPF já havia pedido o bloqueio à primeira instância. Contudo, foi negado. Confira como foram feitos os bloqueios:
- R$ 1.894.115.049,55 do MDB, de Valdir Raupp, da Vital Engenharia Ambiental, de André Gustavo de Farias Ferreira, de Augusto Amorim Costa, de Othon Zanoide de Moraes Filho, Petrônio Braz Junior e espólio de Ildefonso Colares Filho;
- R$ 816.846.210,75 do PSB;
- R$ 258.707.112,76 de Fernando Bezerra Coelho e espólio de Eduardo Campos;
- R$ 107.781.450,00 do espólio de Sérgio Guerra;
- R$ 333.344.350,00 de Eduardo da Fonte;
- R$ 200.000,00 de Maria Cleia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha;
- R$ 162.899.489,88 de Aldo Guedes Álvaro;
- 3% do faturamento da Queiroz Galvão.