Justiça bloqueia bens de Cafú por suspeita de pirâmide
O juiz Aureliano Albuquerque Amorim, da 4ª Vara Cível de Goiânia, decidiu na última terça-feira (21) bloquear os bens do ex-jogador Cafú por suspeita de esquema de pirâmide financeira.
Foi publicada para consulta digital, nesta segunda-feira (27), a determinação da penhora parcial de valores em conta bancária ou investimentos até a quantia de R$ 3 milhões para cada um dos executados. Segundo o magistrado, o capitão da seleção brasileira e outros dois empresários tiveram participação em negócio suspeito de crime de pirâmide, prática ilegal no Brasil.
O processo foi resultado de uma ação civil movida pelo Ibedec-GO (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo). Além de Cafú, são requeridos os empresários Alexandre Cesario Kwok e Eneas Tomaz. Conforme o documento, o ex-jogador aparece como o “embaixador” da Arbcrpyto.
Para o magistrado, “trata-se de uma situação já vista em diversas outras circunstâncias, notadamente o caso ‘Avestruz Master’ que conseguiu manter o sistema em funcionamento por alguns anos, mas que ao final se extinguiu com disseminação de forte prejuízo aos que aceitaram participar do sistema. O caso dos autos parece ser idêntico, agora utilizando como fundamento a possibilidade de negociação de criptomoedas, um sistema de difícil compreensão para a grande parte da população e por isso ideal para utilização na Pirâmide”.
Cafú diz ser vítima do esquema
O ex-jogador se pronunciou, por meio de comunicado assinado por sua assessoria de imprensa, afirmando que também foi vítima do caso. A nota ainda acrescenta que a acusação é “totalmente descabida”.
“Cafu esclarece que não possui qualquer tipo de envolvimento com a referida empresa. Apenas firmou um contrato de cessão de imagem, já rescindido”, comunicou a equipe.
“O ex-jogador revela que está tomando, junto com seus advogados, as devidas providências com o único intuito de provar e demonstrar que não tem envolvimento algum com a citada empresa. O ex-jogador lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com as outras vítimas da Arbcrypto”, acrescentou a assessoria de Cafú.