Os juros futuros operam em alta firme na manhã desta sexta-feira (19), de até 16 pontos-base na ponta longa, acompanhando o movimento das curvas de juros dos Estados Unidos, em meio a preocupações com inflação e rumos da política monetária, e com o dólar também em alta ante o real.
As atenções sobre os juros ficam a partir de agora no evento do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na próxima semana em Jackson Hole.
Na Alemanha, o juro do bônus alemão (Bund) de 10 anos opera em forte alta após dados mostrarem que a taxa anual de inflação ao produtor (PPI) da Alemanha saltou ao nível recorde de 37,2% em julho, contrariando expectativas de desaceleração.
Além disso, uma onda de calor na China agrava a crise de energia em algumas regiões do país, aumentando incertezas sobre as cadeias produtivas e a inflação global e agravando as perdas das commodities.
Juros dos EUA
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) vai ter de elevar as taxas de juros acima e por mais tempo do que o mercado espera atualmente e o resultado poderá ser uma recessão, afirmou o ex-presidente do Fed de Nova York, William Dudley, durante o BTG Macro Day.
Apesar dessa percepção, o ex-presidente do Fed de Nova York acredita que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) começará a desacelerar o ritmo do aperto na próxima reunião, do 0,75 ponto percentual para 0,50 ponto.
Dudley acredita ainda que o ritmo de 0,75 ponto de subida de juros implementado pelo BC americano é uma forma de compensar a lentidão do início do ciclo de aperto monetário.
Mercado
Às 9h29, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia a 11,87%, de 11,70% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2025 ia para 12,16%, de 12,01%, e o para janeiro de 2024 avançava para 13,11%, de 13,01% no ajuste de quinta-feira (18).
O dólar à vista subia 0,71%, a R$ 5,2088. O juro da T-Note de 10 anos subia a 2,961% (de 2,877%).
Com informações do Estadão Conteúdo