Juros futuros fecham em leve baixa com dólar e megaleilão do Tesouro
As taxas de juros futuros encerram a sessão regular desta quinta-feira (16) com baixa em vértices intermediários, em vista do alívio do dólar e a redução de pressão nas taxas, depois do megaleilão do Tesouro.
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Os investidores ainda ficaram atentos aos comentários do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Ao final da sessão regular, às 16 horas, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 2,055% (de 2,06% no ajuste anterior). O DI para janeiro de 2022 marcou 3,02% (3,05% no ajuste anterior), ao passo que o DI para janeiro de 2023 foi a 4,14% (4,16% no ajuste anterior). O DI para janeiro de 2025, por sua vez, encerrou próximo da estabilidade em 5,61% e a do DI para janeiro de 2027 ficou em 6,44% (6,42% no ajuste anterior).
O presidente da autoridade monetária voltou a mostrar uma dose de otimismo com a retomada da economia brasileira. Campos Neto indicou que as recentes perspectivas menos pessimistas para o País em 2020 podem ter impactos sobre sofre a inflação. Esses efeitos sobre a trajetória de preços, todavia, apresentam uma tendência de serem mais reduzidos do que as projeções para a atividade.
“Entendemos que o hiato (medida de ociosidade da economia) é bastante grande. Essas revisões de crescimento, essas assimetrias nas revisões de crescimento, terão um impacto de uma assimetria na mesma direção, mas muito menor, na inflação”, declarou o economista durante live organizada pelo Itaú (ITUB4).
O presidente da autarquia ainda afirmou que “ainda existe um grau de conforto grande” no quadro inflacionário. “Pode ser até que ela [inflação] reaja bem menos” do que o crescimento, acrescentou Campos Neto.
Mercado de juros futuros segue divido quanto à novo corte na Selic
As expectativas sobre um novo corte na taxa básica de juros (Selic) continuam divididas no mercados de juros futuros. Segundo o mercado de opções de Comitê de Políticas Monetárias (Copom), da bolsa brasileira, as probabilidades entre manutenção da Selic em 2,25% e um corte pequeno para 2% são praticamente as mesmas.