Juros nos EUA: mercado projeta maior lentidão em cortes após ata do Fed

O mercado financeiro voltou a precificar uma redução de juros menos agressiva pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 2025 e aumentou as chances de junho como o primeiro mês para início dos cortes, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group, após a divulgação da ata da última reunião monetária do BC norte-americano e com a pausa em parte das tarifas, como anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

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Por volta das 15h30 (de Brasília), a probabilidade de um corte acumulado de 0,75 ponto porcentual (pp) – nos juros pelo Fed era de 33,7%, ante 30,6% registrados pouco antes. A segunda maior chance, segundo a ferramenta, era de corte de meio ponto, a 24,3%. A expectativa de redução total de 1 ponto, por outro lado, recuou de 31,6% para 23,5%, enquanto a de 1,25 ponto cedeu de 13,5% para 7,8%.

O mercado ampliou ainda mais a chance de redução em junho, de 67,0% a 76,6%, enquanto a probabilidade de manutenção de juros já no encontro de maio passou de 75,4% para 77,4%.

Na ata divulgada nesta quarta-feira (9) a respeito da última reunião de política monetária do Fed, em março, os dirigentes do banco central esperavam a inflação mais alta neste ano devido as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Nos dois encontros deste ano, o Fomc (Comitê de Mercado Aberto) optou por manter a taxa no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. .

Assim, os membros do comitê consideraram apropriado manter as taxas de juros inalteradas como na reunião anterior, em janeiro, em função também da elevada incerteza em relação às perspectivas econômicas. Segundo a ata, quase todos os dirigentes consideraram risco inclinado para cima de inflação, com medidas de curto prazo aumentando em meio a desdobramentos relacionados ao comércio.

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Juros nos EUA: mais sobre a ata do Fed

Os diretores do Fed afirmaram que as perspectivas de crescimento e emprego estão enfraquecidas nos Estados Unidos, com o comitê preparado para ajustar a postura da política monetária como apropriado.

A projeção para crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do país foi mais fraca do que o esperado, com a inflação dos preços ao consumidores permanecendo um pouco elevada.

Os dirigentes também notaram que o potencial dos efeitos inflacionários é mais persistente e que a incerteza em torno da perspectiva econômica aumentou.

O texto destaca que o comitê de política monetária estava bem posicionado para esperar por mais clareza de perspectivas da inflação, bem como atento aos risco para ambos os lados do mandato duplo. Assim, quase todos os participantes apoiaram a redução do ritmo de cortes na reunião. A ata ainda afirma que poucos dirigentes alertaram que uma reavaliação em mercados poderia piorar choques na economia.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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