Juros dos EUA: Fed corta taxa em 0,25%, para faixa ente 4,50% e 4,75%

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) cortou a taxa dos Fed Funds, a taxa de juros dos EUA, em 25 pontos-base, para a faixa entre 4,50% a 4,75% ao ano, em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 7.

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O movimento já era amplamente aguardado pelo mercado e foi unânime entre os membros do comitê. A decisão de hoje vem após um corte de 50 pontos-base no encontro de setembro, que deu início ao afrouxamento monetário da instituição.

O comunicado do Fed após a decisão de juros desta quinta-feira excluiu o trecho em que o Comitê Federal de Mercado Aberto citava uma maior confiança de que a inflação caminha à meta de 2% ao ano.

O documento também trocou o trecho que mencionava desaceleração do mercado de trabalho para agora mencionar que “as condições do mercado de trabalho têm geralmente melhorado” durante o ano.

Além disso, o comunicado do Fomc diz que o corte de hoje foi para “apoiar os objetivos” de inflação e emprego, enquanto o texto do encontro de setembro dizia que o corte foi para “balancear riscos”.

Em coletiva após o anúncio da decisão, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que segue confiante de que, com uma recalibração apropriada de política monetária, a inflação americana voltará à meta de 2% ao ano de forma sustentável. “A inflação diminuiu significativamente nos últimos dois anos”, destacou Powell.

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Ele disse que a inflação americana se aproximou muito mais da meta de longo prazo de 2% ao ano, mas o núcleo, que exclui voláteis preços como alimentos e energia, permanece “um pouco elevado”. De acordo com ele, as expectativas de inflação de longo prazo parecem “bem ancoradas”, conforme mostra em uma ampla gama de pesquisas bem como em medidas dos mercados financeiros.

Sobre a próxima reunião do Fomc, em dezembro, Powell evitou dar maiores pistas, afirmando que a decisão vai depender da evolução do cenário nos Estados Unidos até lá.

“Até dezembro teremos mais dados, mais um relatório de trabalho, mais dois relatórios de inflação e muitos outros dados. Tomaremos uma decisão quando chegarmos a dezembro”, completou após a decisão de juros dos EUA.

Com Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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