Os juros do Banco Central Europeu (BCE) foram mantidos pela primeira vez desde julho do ano passado. Em um intervalo de 15 meses e dez elevações seguidas em reuniões dos dirigentes econômicos da Zona do Euro, foi decidido deixar as principais taxas de juros do bloco inalteradas nesta quinta-feira (26).
O processo de aperto monetário da Europa, para os países da zona do euro, começou em julho de 2022 e finalmente viu uma sinalização de alívio na política hoje.
Com isso, a taxa de refinanciamento do BCE permanece em 4,50%, a de depósitos, em 4%, e a de empréstimos, em 4,75%. A decisão veio em linha com a expectativa de analistas.
Em comunicado, o BCE afirmou esperar que a inflação na zona do euro permaneça “muito alta por muito tempo” e que, por isso, os juros ficarão em “níveis restritivos pelo período que for necessário”.
O BCE reafirmou também que vai continuar dependendo de dados futuros para definir o nível dos juros da zona do euro e por quanto tempo durará sua postura restritiva.
O Banco Central Europeu disse ainda que pretende seguir reinvestindo o principal de bônus comprados por meio do programa emergencial adotado durante a pandemia, conhecido como PEPP (do inglês, Pandemic emergency purchase programme), até pelo menos o fim de 2024.
Bolsas europeias e coletiva com Lagarde sobre juros do BCE
As bolsas europeias operaram em baixa na manhã desta quinta-feira (26), tendo em vista uma série de balanços de companhias europeias decepcionando o mercado da região do euro. Junto a isso, as preocupações com o avanço nos rendimentos dos Treasuries nos EUA.
Ainda nesta quinta (26), a presidente do BCE, Christine Lagarde, participará de uma coletiva de imprensa para comentar a decisão da política monetária sobre as taxas de juros do BCE divulgadas pela manhã (horário de Brasília).
Com informações de Estadão Conteúdo.