Membros do Banco Central Europeu (BCE) afirmaram que as taxas de juros em patamares muito baixos podem prejudicar os bancos da Europa, além de causar risco ao setor financeiro. Entretanto, a autoridade monetária já comunicou recentemente que pode fazer novos cortes para sustentar a economia, que se encontra em desaceleração.
De acordo com a ata divulgada pelo BCE, é possível notar que a presidente da instituição, Christine Lagarde, tem um grande dilema para resolver pela frente. Isso porque a taxa de juros do banco já está em um patamar muito baixo, em 0,5%, o que faz com que os formuladores de políticas monetárias fiquem com poucas saídas para estimular a atividade econômica.
Em outubro, as autoridades da instituição de economia alertaram que a fraqueza econômica da Europa pode durar mais tempo do que o estimado anteriormente. Sendo assim, a inflação da região pode ser ainda mais prejudicada, segundo a ata da reunião.
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“Ainda não havia sinais de aceleração do crescimento previstos nas projeções [econômicas de setembro]”, informou a ata. “Um aumento na inflação subjacente [núcleo] pode não se materializar prontamente”.
No último documento divulgado, o BCE informou que estava pronto para agir quando necessário. Entretanto, a instituição reforçou a ideia de que a política monetária ultraflexível pode fazer mal para a economia.
Christine Lagarde ratificada como presidente do BCE
Os líderes da União Europeia ratificaram a nomeação de Christine Lagarde como presidente do Banco Central Europeu há pouco mais de um mês. Lagarde começou a atuar no lugar de Mario Draghi desde o dia 1 de novembro.
Lagarde foi nomeada para o cargo no dia 2 de julho, por líderes da UE. O BCE é responsável por definir a política monetária dos 19 países que utilizam o euro. A ex-presidente do FMI irá cumprir um mandato de oito anos.
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