O julgamento sobre a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi adiado hoje pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Gilmar Mendes pediu vista e adiou a conclusão do julgamento sobre Lula.
Antes do pedido de Gilmar, outros dois ministros do STF, Edson Fachin (relator) e Cármen Lúcia, tinham votado contra a concessão de liberdade ao ex presidente e contra a anulação dos processos relacionados a Lula nos quais Sérgio Moro atuou como juiz federal.
Os dois pedidos foram feitos pela defesa do petista.
Além do voto de Gilmar, faltam os de Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
Não há prazo para o julgamento prosseguir.
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Os advogados de Lula argumentaram que a aceitação do convite para ser ministro da Justiça, ainda sendo juiz responsável pela Lava Jato, mostra a parcialidade de Moro na condenação do petista.
O juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente no caso do triplex do Guarujá. De acordo com Moro, não há irregularidade em sua conduta. Além disso, segundo ele, a decisão de participar do governo de Bolsonaro ocorreu após o julgamento do petista.
O juiz pediu a exoneração do cargo no dia 16 de novembro, para poder assumir o ministério a partir do ano que vem.
O ex-presidente está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A prisão aconteceu após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) condenar Lula a 12 anos e um mês de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva