Juan Guaidó vem ao Brasil debater crise na Venezuela com Bolsonaro
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, virá ao Brasil nesta quarta (27). A viagem foi confirmada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, segundo a Folha de S.Paulo.
Guaidó deve chegar a Brasília às 22h. Em seguida, deverá se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro, de acordo com fontes próximas ao venezuelano. O objetivo do encontro seria agradecer ao governo brasileiro pelo apoio dado e debater uma eventual transição democrática da Venezuela.
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Além disso, provavelmente os dois líderes vão tratar do retorno de Guaidó ao seu país, uma vez que o ditador Nicolás Maduro disse que, caso o opositor do regime retorne, ele terá de “se entender com a Justiça”. No fim de janeiro, o Tribunal Supremo da Venezuela congelou as contas de Guaidó e o proibiu de deixar o país.
O autoproclamado presidente se encontra na Colômbia, aonde foi para participar da entrega da ajuda humanitária no último sábado (23). Além do país colombiano, Brasil e Estados Unidos ajudaram na tentativa frustrada de fazer entrar os carregamentos em território venezuelano.
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De acordo com o jornal El Nacional, Guaidó pretende visitar vários países para tratar da crise venezuelana. Segundo a Folha de S.Paulo apurou, o autoproclamado presidente considera três hipóteses:
- Enfrentar o regime de Maduro entrando por Maiquetía. “Se algo acontecer comigo, a reação internacional seria imensa”, declarou na Colômbia;
- Voltar à Venezuela como entrou, por trilhas clandestinas da fronteira entre Venezuela e Colômbia, na região de Cúcuta. Essa alternativa é considerada perigosa, pois muitos guerrilheiros, coletivos e forças de segurança do chavismo na região;
- Entrar pela fronteira brasileira.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse na última terça (26) que a saída do ditador venezuelano Nicolás Maduro depende de pressões diplomáticas.
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Segundo Mourão, haverá mais negociação para que o venezuelano deixe o poder. “O governo vai continuar naquilo que nós já colocamos. A nossa posição é usar a diplomacia como método, e as pressões políticas e econômicas necessárias até que o senhor Nicolás Maduro compreenda que é hora de ele se retirar”, disse o vice-presidente.