Mais uma companhia estuda entrar na disputa pelo Correios, cujo leilão de privatização está previsto para ocorrer no primeiro semestre de 2022. A JSL (JSLG3) tem interesse na estatal em um movimento que aceleraria sua estratégia de crescimento geográfico e de diversificação de áreas de atuação
De acordo com Ramon Alcaraz, presidente da JSL, empresa controlada pelo Grupo Simpar (SIMH3), a participação da companhia de logística de transporte de cargas e fretamento no leilão dos Correios dependerá das condições impostas pelo edital, ainda não divulgado. “Não há ninguém com a capilaridade que os Correios têm. Com certeza nós vamos avaliar. Por enquanto só se vê partes, temos que ver o bolo inteiro”, disse durante a teleconferência de resultados.
A alta capilaridade dos Correios é a atração principal da estatal para as companhias que já manifestaram interesse no passado, como o Magazine Luiza (MGLU3) e a Amazon. Os Correios têm um pouco mais de 6,3 mil agências próprias em todo o País, além de 4,3 mil comunitárias, 1 mil franqueadas e 127 permissionárias, segundo os últimos dados de 2018.
Esses dados animam as varejistas e as empresas de logísticas que estão investindo em lojas físicas e centros de distribuição para poder chegar na casa do consumidor de uma forma mais rápida.
Além dos Correios, a JSL também pretende efetivar aquisições que devem ser bancadas por recursos da companhia, que encerrou o trimestre com um caixa de R$ 677,1 milhões. “Sempre há várias negociações andando, umas mais frias, outras mais quentes”, disse Alcaraz.
Após a notícia, por volta das 11h15, os papéis da JSL tinham queda de 1,64%, negociados a R$ 11,57. Às 13h45, as ações caíam 0,17%, a R$ 11,42.
JSL lucra R$ 93,1 milhões no segundo trimestre de 2021
A JSL apresentou, na noite da última segunda-feira (9), seu resultado do segundo trimestre deste ano. A empresa de logística teve um lucro líquido de R$ 93,1 milhões entre abril e junho, revertendo o prejuízo de R$ 16,3 milhões do mesmo período do ano passado.
O lucro ajustado, que considera a exclusão dos itens não recorrentes, foi de R$ 44,8 milhões. Dessa forma, com base na receita líquida de R$ 922,4 milhões, alta de 58,6% em 12 meses, a margem líquida da JSL ficou em 4,9%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da JSL disparou 157,5%, saindo de R$ 82,2 milhões para R$ 211,7 milhões na mesma base comparativa. A margem Ebitda saltou 8,6 pontos percentuais, chegando a 23,5%.
Notícias Relacionadas