A JSL (JSLG3) informou, na manhã desta sexta-feira (28), que seu Conselho de Administração aprovou uma oferta pública de até 97.545.278 ações. Com a faixa indicativa de R$ 11,07 a R$ 14,44, a operação pode levantar R$ 1,4 bilhão.
De acordo com o fato relevante, a JSL deve distribuir 72.255.762 novas ações. Existindo demanda, a nova controladora Simpar, que se tornará a holding das empresas que estão sob o guarda-chuva da JSL, poderá alienar 14.451.152 ações em um lote adicional. Ainda existe um lote suplementar de até 10.838.364 ações, perfazendo uma oferta primária e secundária.
O comunicado pontua que a totalidade das ações serão distribuídas e destinadas prioritariamente à colocação pública junto aos acionistas da Simpar. Em uma segunda etapa, a oferta restrita será destinada exclusivamente a investidores profissionais, limitada a procura de 75 investidores institucionais e subscrição e aquisição de 50 participantes.
A data final para a subscrição dos papéis restritos é 7 de setembro. Ademais, as ações que forem adquiridas na oferta serão negociadas sob o código “JSLG11” até que ocorra o início das negociações dos papéis da Simpar, quando as ações integrantes da oferta da JSL voltarão a ser negociadas sob o ticker “JSLG3“.
“A totalidade dos recursos líquidos provenientes da Oferta Primária serão destinados para otimizar a estrutura de capital da companhia para novo ciclo de crescimento, beneficiando seu posicionamento estratégico privilegiado em um momento de mudanças estruturais em seu mercado de atuação, seja por meio de crescimento orgânico, seja via aquisições”, afirmou a companhia.
A Assembleia Geral Ordinária (AGO) também deliberou sobre outras questões, como a alteração do capital social da empresa, de R$ 2 bilhões para 300 milhões de ações ordinárias; encerramento do Conselho Fiscal e destituição de seus membros; formulação de um plano de opções de compra de ações de sua emissão; criação do Plano de Ações Restritas e Matching; nomeação de um novo Conselho de Administração.
Conselho da JSL aprova reorganização
No dia 21 de julho, a JSL informou que seu Conselho de Administração aprovou a reorganização societária proposta em abril deste ano, que fará com que a empresa se torne subsidiária integral da Simpar.
Fernando Antônio Simões, pertencente à família fundadora da JSL, é o controlador da Simpar, que por sua vez possui um único investimento: a própria JSL. Segundo a companhia, a reorganização “faz parte da estratégia de gerar valor por meio da segregação de suas atividades em sociedades distintas”.
“Uma vez implementada a reorganização, a companhia deixará de exercer a função de holding e passará a ser exclusivamente uma empresa operacional de serviços logísticos com agenda própria de desenvolvimento, abrindo novas possibilidades para movimentos estratégicos, fusões e aquisições e acesso ao mercado de capitais“, diz a empresa
Caso o processo seja aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária, convocada para o dia 5 de agosto, as ações da JSL serão incorporadas à Simpar em sua totalidade. Essa, por sua vez, ao assumir o papel de holding, terá seus papéis listados no Novo Mercado, mantendo o Conselho de Administração da JSL e seus comitês de assessoramento.
A empresa pontuou que, em razão da incorporação das ações, cada acionista receberá uma ação ordinária da Simpar para cada ação ordinária da JSL em sua propriedade, sem qualquer diluição dos atuais acionistas.