A JSL (JSLG3) divulgou, na madrugada desta sexta-feira (14), seu resultado do segundo trimestre de 2020. A companhia atingiu um lucro líquido recorde de R$ 156,6 milhões, uma alta de 119,9% sobre o registrado no mesmo período do ano passado.
A companhia ressaltou, no entanto, que o resultado teve um efeito líquido positivo de R$ 144 milhões da liquidação antecipada de swaps dos bonds devido ao processo de reorganização societária. A JSL salientou que sua Assembleia Geral Extraordinária aprovou a reorganização, a qual a empresa passará a ser subsidiária integral da Simpar S.A.
A receita líquida da empresa caiu 8%, de R$ 2,38 bilhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 2,19 bilhões no mesmo período desse ano. “Apesar do impacto temporário da crise em nossas operações, acreditamos que o pior cenário ficou para trás, visto que de abril a junho a dinâmica dos resultados evoluiu positivamente”, diz a administração da empresa.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 9,2% na comparação anualizada, para R$ 561,7 milhões. A margem Ebitda (utilizada para comparar a lucratividade operacional da empresa), todavia, cresceu 5,3 pontos percentuais, para 35,3%. A margem líquida ficou em 7,1%, crescimento de 4,1 pontos percentuais.
A parte logística do grupo resultou em um lucro líquido de R$ 536 mil no segundo trimestre, em razão do menor volume transportado. A empresa pontua, entretanto, que nos meses de maio e junho o lucro recorrente foi de R$ 10 milhões, evidenciando uma recuperação da queda de abril. A empresa também destacou a aquisição de 75% da Fadel e de 100% da Transmoreno.
A Vamos Locação atingiu um lucro líquido de R$ 39,3 milhões, com um Ebitda de R$ 152,7 milhões (+12%) e um Retorno sobre Capital Investido (ROIC, na sigla em inglês) de 11%. A CS Brasil lucrou R$ 19 milhões no segundo trimestre, mostrando resiliência na parte de gestão de terceirização de frotas, representando 82,6% das receitas. A Movida (MOVI3), por sua vez, lucrou R$ 2,6 milhões no período, destacando um recorde no número de Seminovos vendidos (+14,9%).
A companhia salientou que mantém um caixa reforçado, de R$ 5,7 bilhões ao fim de junho, o equivalente a 2,5 vezes a dívida de curto prazo.
A dívida líquida terminou o segundo trimestre em R$ 8,49 bilhões, um aumento de 14,77% de ano para ano. A alavancagem financeira consolidada da holding ficou em 3,9 vezes, “permanecendo sob controle, sobretudo impactada pela retração pontual do Ebitda de JSL e Movida”.
A JSL disse que “nosso modelo de gestão continua baseado na geração de valor de forma sustentável aos nossos clientes, acionistas e à sociedade” após a reorganização societária. Após o lançamento da Simpar, as empresa sob o guarda-chuva da holding serão JSL Logística, Vamos Locação, Movida, CS Brasil, BBC Leasing e Original Concessionárias, com a seguinte estrutura:
“Estamos prontos para um novo ciclo de desenvolvimento baseado em uma estrutura de empresas independentes tendo cada uma sua própria equipe de gestão, plano de metas e objetivos claros”, comentou a JSL.