JSL (JSLG3) tem ‘forte’ lucro no 1º tri; BTG reitera otimismo com case
A JSL (JSLG3), subsidiária de logística da Simpar (SIMH3), apresentou ao mercado na última segunda-feira (3) um lucro líquido recorde para o primeiro trimestre de 2021 de R$ 47,7 milhões, 348,4% maior do que o registrado no mesmo período de 2020. O resultado final superou as estimativas dos analistas do BTG Pactual (BPAC11), os quais reiteraram a recomendação de Compra para a companhia.
Segundo o balanço de resultados, o lucro da JSL no período foi impulsionado por um resultado financeiro 29,1% mais baixo na comparação trimestral devido ao menor saldo da dívida líquida. Os ganhos também foram impactados positivamente por efeitos de amortização da alocação do preço de aquisição à Fadel e Transmoreno.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 127,8 milhões, alta de 15,9% contra um ano antes. A receita líquida totalizou R$ 868,1 milhões, avançando 25,1% na mesma base. As cifras vieram em linhas com a expectativa do BTG Pactual.
“Os números do primeiro trimestre da JSL praticamente corresponderam às nossas estimativas em termos de vendas e desempenho operacional, enquanto o resultado final foi mais forte do que o esperado”, avaliou o banco. “Reiteramos nossa visão otimista sobre o case de investimento”.
Resultados da JSL por divisão de negócio
O segmento asset light teve receita líquida de R$ 513,3 milhões, crescendo 8,5% na comparação ano a ano, em razão da sazonalidade mais fraca e à produção menor no setor automotivo no final de março.
O Ebitda da divisão somou R$ 64,5 milhões, em leve alta de 0,6%, devido a maiores custos e impactos da não desmobilização das operações que atendem ao setor automotivo.
Já no perfil de ativos pesados, a receita líquida chegou a R$ 354,8, 60,8% superior àquela registrada em 2020, refletindo o crescimento orgânico e a consolidação do primeiro trimestre completo da Fadel.
O Ebitda do segmento cresceu 37,2%, para R$ 63,4 milhões, com a sazonalidade mais favorável nos segmentos florestal e de mineração.
Governança corporativa e M&As
O primeiro trimestre deste também foi o primeiro de Ramon de Alcaraz na cadeira de CEO da JSL, em sucessão a Fernando Simões. O primeiro se tornou ainda um dos principais acionistas individuais da companhia a partir do momento em que assinou um memorando para a aquisição de 25% do capital da Fadel. Na visão do BTG, esse se coloca como um marco importante do ponto de vista de governança corporativa.
Além disso, a empresa anunciou aquisições da TPC e da Transportadora Rodomeu, as quais representam a entrada em setores como o de saúde e de gases comprimidos.
“Esperamos que a JSL dê continuidade à estratégia de crescimento inorgânico, principalmente com foco na adição de novos setores e serviços ao seu portfólio, aumentando sua presença geográfica e contribuindo para seu ROIC [Retorno sobre Capital Investido]“, concluiu o BTG.