JP Morgan deve pagar US$920 mi por acusação de manipulação de mercado

O JP Morgan (NYSE: JPM) assinou um acordo que prevê o pagamento de uma multa no valor de US$ 920 milhões, além de admitir má conduta ligada à manipulação do mercado de metais preciosos e títulos do Tesouro.  A informação foi divulgada nesta terça-feira (29) pelo Departamento de Justiça, da Commodity Futures Trading Commission (CFTC).

A decisão tomada pelo Banco JP Morgan resolve as investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, da Commodity Futures Trading Commission e da Securities and Exchange Commission.

A multa é a maior já imposta por spoofing (manipulação do mercado financeiro), pela CFTC, informou a agência. Ao passo que o acordo proposto deve permitir que o banco evite processos pelas alegadas atividades, informou uma das pessoas a par da situação ao Financial Times.

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Além disso, Dois ex-traders do banco, Christian Trunz e John Edmonds, já assumiram culpa por colocar milhares de ordens falsas com a finalidade de manipular os preços de metais preciosos entre os anos de 2007 e 2016.

Em seu relatório anual publicado em abril, o JP Morgan informou que estava “envolvido em discussões com vários reguladores” sobre alegações, incluindo “enriquecimento sem causa e atos enganosos” relacionados ao comércio de metais preciosos e títulos do Tesouro pelo banco.

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Duas pessoas familiarizadas com a situação declararam ao Financial Times que o acordo não deve resultar em quaisquer restrições às negociações ou operações do banco sediado em Nova York, e que o JP Morgan negociou um acordo de ação penal diferida, que possivelmente permite continuar com suas atividades, com a condição de que cumpram o acordo assumindo seus compromissos.

Outros bancos, incluindo Deutsche Bank, UBS e HSBC já foram multados por falsificar os mercados de metais preciosos.

No caso do JP Morgan, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) alegou que o ex-funcionário do banco, Trunz,  “aprendeu a falsificar com traders mais experientes e com o conhecimento e consentimento de seus supervisores”.

Rafaela La Regina

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