O JP Morgan (NYSE: JPM) abriu a temporada de resultados trimestrais nos Estados Unidos reportando um lucro líquido de US$ 9,44 bilhões (cerca de R$ 52,22 bilhões) auferido durante o período entre julho e setembro. O resultado é equivalente a uma alta de 4% sobre o mesmo período do ano passado.
O lucro por ação (LPA) do JP Morgan ficou em US$ 2,92, enquanto analistas estimavam US$ 2,23 por ação, segundo o FacSet. A receita bruta da instituição permaneceu estável, com uma leve queda de 0,47%, de US$ 28,29 bilhões para US$ 28,15 bilhões. O mercado projetava uma queda para US$ 28,22 bilhões.
A receita líquida de juros, por sua vez, caiu 9%, para US$ 13,1 bilhões, de US$ 14,2 bilhões em 2019. Os analistas esperavam uma queda de 6% em relação ao ano passado, para US$ 13,4 bilhões.
O banco, no terceiro trimestre, destinou apenas US$ 611 milhões para Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), montante consideravelmente abaixo do esperado pelos especialistas e sobre o reservado no segundo trimestre, quando foram destinados US$ 10,47 bilhões.
“O banco corporativo e de investimento continua a ser um grande impulsionador do desempenho da empresa”, disse o CEO Jamie Dimon em um comunicado. “Mantivemos nossas reservas de crédito em US$ 34 bilhões, dada a incerteza econômica significativa e uma ampla gama de resultados potenciais.”
Resultado do JP Morgan surpreende Wall Street, que segue de olho na temporada de balanços
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) causou estragos na economia mundial, e os investidores estão atentos para ver o quanto isso se traduz em perdas de crédito dos bancos. Até agora, a inadimplência tem permanecido baixa, auxiliada por programas de tolerância dos credores e esforços de estímulo governamentais. No entanto, especialistas do mercado estimam que os efeitos da crise podem se arrastar durante anos.
O lucro do JP Morgan dá o tom do que está por vir quando o restante de Wall Street apresentar seus resultados nesta semana. Segundo projeções compiladas pela “Bloomberg”, os quatro maiores credores dos Estados Unidos reservaram cerca de US$ 10 bilhões adicionais para empréstimos inadimplentes no terceiro trimestre.