Jornalistas não são responsáveis por má imagem do Brasil no exterior, diz Doria
Em encontro com jornalistas estrangeiros no Palácio dos Bandeirantes, João Doria não responsabilizou a imprensa pela imagem do Brasil no exterior. “Eu não acho que os veículos de comunicação ou os jornalistas não são os responsáveis pela má imagem internacional do Brasil. O Brasil fez jus a ter uma má imagem”, disse o governador de São Paulo nesta quarta-feira (24).
A fala de Doria diverge da ideia que Jair Bolsonaro passa sobre sua opinião acerca da mídia. Os embates entre o chefe do Executivo e os veículos de comunicação são recorrentes. O presidente já acusou a imprensa de divulgar notícias falsas sobre ele e seu governo, o que traria prejuízos à imagem do Brasil.
Apesar do posicionamento mais cauteloso, Doria admite que a visão da comunidade internacional sobre o País não é boa. Contudo, o governador acredita que isso pode ser mudado. “A imagem do Brasil pode ser e será melhor ao longo do tempo. Isso é conquistado com um governo liberal, mas que também respeite a opinião pública através da imprensa”, disse.
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Para Doria, as atitudes do País são o caminho para melhorar a referência brasileira no exterior. “Atitudes éticas, transparentes, com respeito ao capital privado, mas também ao desenvolvimento social”, disse.
“Menos pobreza, menos miséria e mais desenvolvimento econômico vão trazer mais respeitabilidade ao Brasil no cenário internacional”, defendeu o governador.
Argentina
Na reunião, Doria também falou sobre a situação da Argentina. O governador paulista afirmou que espera pela retomada do crescimento e do emprego no vizinho latino.
A Argentina passa por uma crise econômica com altos índices de inflação. Nos 12 meses até março, o país registrou uma alta de 47,6% nos preços. No ano de 2018, o indicador chegou a 54,8%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC).
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Como medida para tentar contar a alta dos preços, o presidente, Mauricio Macri, decretou o congelamento dos preços por seis meses.
Frente a situação, o governador paulista afirmou ter “simpatia” pelo presidente argentino. “Torço para que continue sendo uma nação livre, distante de populismo e daqueles que quase destruíram a Argentina e também o Brasil”, disse Doria.
