A Johnson & Johnson (NYSE: JNJ) apresentou, nesta quinta-feira (16), um lucro líquido de US$ 3,63 bilhões (cerca de R$ 19,51 bilhões) auferido no segundo trimestre deste ano. Embora o resultado tenha sido 35% menor na comparação anualizada, superou as expectativas do FactSet.
A consultoria esperava um lucro por ação (LPA) de US$ 1,49, enquanto a Johnson & Johnson apresentou um ganho de US$ 1,67 por papel, mesmo em meio aos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A receita total da empresa caiu 10,8% no perído entre abril e junho, para US$ 18,34 bilhões. Analistas previam o faturamento de R$ 17,61 bilhões no trimestre.
Os medicamentos sem prescrição médica tiveram um impacto 7% negativo na receita da empresa, enquanto os produtos farmacêuticos cresceram 2,1% no período. Os dispositivos médicos tombaram 33,9%, mas, ainda assim, ficaram acima da expectativa.
A demanda por produtos de saúde da pele e beleza caiu, afirmou a companhia, em função das pessas ficarem mais em casa. A queda foi parcialmente compensada pelo aumento nas vendas de produtos médicos de comum uso, como o Tylenol e Listerine.
“Nossos resultados do segundo trimestre refletem o impacto da Covid-19 e a força resiliente de nossos negócios farmacêuticos, onde vimos um crescimento contínuo mesmo nesse ambiente”, afirmiu o CEO Alex Gorsky.
No entanto, em razão da corrida pela criação de uma vacina contra a doença, a companhia ampliou a previsão de lucro e receita. As estimativas anteriores, que previam um lucro por ação entre US$ 7,50 e US$ 7,90, foram substituídas pela previsão de um ganho entre US$ 7,75 e US$ 7,95 em 2020.
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A Johnson & Johnson é uma das empresas que procuram desenvolver uma vacina contra o coronavírus. Em junho, a companhia disse que iniciaria os testes de sua primeira vacina na segunda quinzena de julho; caso os testes sejam bem sucedidos, há o objetivo de fornecer um bilhão de doses no ano que vem.