A Johnson & Johnson apresentou, nesta terça-feira (14), o seu lucro líquido de US$ 5,8 bilhões (R$ 29,92 bilhões) no primeiro trimestre de 2020. O montante é 55% superior ao apresentado no mesmo período do ano passado.
Entretanto, excluindo itens não recorrentes, o lucro da Johnson & Johnson foi de US$ 6,15 bilhões (R$ 31,75 bilhões), com um avanço de 8,7% sobre o registrado em 2019. Além disso, a receita bruta da companhia subiu 3,3%, para US$ 20,69 bilhões (R$ 106,96 bilhões).
O lucro por ação da multinacional do ramo farmacêutico ficou em US$ 2,30, acima das expectativas dos analistas ouvidos pela FacSet, que previam, em média US$ 2,01.
A companhia cortou sua projeção de seus negócios para este ano, devido aos impactos econômicos e sociais do novo coronavírus (Covid-19) em todo o mundo. A multinacional cortou uma estimativa de vendas de US$ 85,4 bilhões a US$ 86,2 bilhões para US$ 77,5 bilhões a US$ 80,5 bilhões.
O lucro de ação, por sua vez, deve ficar entre US$ 7,65 e US$ 8,05, frente o previsto anteriormente de US$ 9 a US$ 9,15, segundo as alterações nas projeções da empresa.
A companhia salientou que a pandemia oriunda na China fomentou a procura por remédios comercializados sem receita, buscados para combater febre e dor associada ao coronavírus. As vendas de medicamentos como Zyrtec e Tylenol, que atacam sintomas de problemas nasais, cresceram 9,2%, para US$ 3,63 bilhões.
O resultado da divisão farmacêutica subiu 8,7%, para US$ 11,13 bilhões. Já os negócios de dispositivos médicos, devido a atrasos nos procedimentos médicos em meio à pandemia, caíram 8,2%, para US$ 5,93 bilhões.
Johnson & Johnson dará início aos testes da vacina
A companhia anunciou, no dia 30 de março, que estuda dar início aos testes da vacina contra o coronavírus, em humanos, até setembro deste ano. A empresa, no entanto, informou que ela só deve ficar pronta para uso emergencial no início de 2021.
A companhia do setor farmacêutico investiu mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,9 bilhões), junto a Biomedical Advanced Research and Development Authority, para financiar a pesquisa de vacinas contra o coronavírus.
Especialistas acreditam que a vacina pode demorar mais de um ano para ficar pronta. Em contrapartida, diversos países e empresas, como a Johnson & Johnson, estão colaborando para que o desenvolvimento de uma vacina contra o Covid-19, que já fez mais de 120 mil vítimas fatais em todo o mundo, fique pronta o quanto antes.