Johnson assegura “enormes avanços” em conversas com a UE sobre Brexit

O premiê britânico, Boris Johnson, afirmou que obteve “enormes avanços” em conversas sobre o Brexit com a União Europeia (UE). O relato foi feito no último sábado (14).

“Quando cheguei a este cargo, todo mundo dizia que não era possível nenhuma mudança no acordo de saída (Brexit)”, afirmou o primeiro-ministro em entrevista ao “The Mail on Sunday”.

Johnson disse ainda que os representantes da União Europeia abriram o horizonte sobre questões de fronteira que estão impedindo um acordo de saída do Reino Unido da União Europeia. “Mas os dirigentes da UE mudaram de parecer, e há uma conversa muito boa em curso sobre como abordar as questões da fronteira norte-irlandesa”, afirmou.

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Os líderes da União Europeia terão uma reunião no dia 17 de outubro. Esta reunião irá decidir a saída do Reino Unido da União Europeia. “Há muito trabalho até o dia 17 de outubro. Mas vou para essa cúpula e vou conseguir um acordo, tenho muita confiança”, destacou Johnson.

“Sairemos em 31 de outubro […] acreditem em mim”, reiterou o primeiro-ministro do Reino Unido.

BC britânico prevê queda da economia com Brexit sem acordo

Em um documento oficial, o governo britânico relatou possíveis cenários após a conclusão do Brexit. De acordo com as autoridades, uma saída sem acordo da União Europeia (UE) poderia causar uma escassez de combustível e medicamentos, longos congestionamentos em portos e alta dos preços dos alimentos.

Veja também: Parlamento britânico decide proibir Brexit sem acordo

O Parlamento britânico pressionou o governo a divulgar o relatório, que diagnostica o futuro do Reino Unido após o Brexit. O documento traz a temorosa perspectiva de carência em medicamentos e combustíveis que ficariam parados nos portos na França, devido à burocratização alfandegária entre os países pela primeira vez em 40 anos.

“Protestos e contraprotestos vão ocorrer no Reino Unido e poderão absorver significativos recursos da polícia”, também diz o documento.

O primeiro ministro britânico, Boris Johnson, desde que assumiu o cargo, prometeu cumprir com o plebiscito de 2016. A vontade dele, e de seus apoiadores, é conseguir um Brexit, com ou sem acordo.

Juliano Passaro

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