Jogadores do Palmeiras perdem quase R$ 11 milhões em criptomoedas; entenda o caso
Os jogadores de futebol Mayke (Palmeiras) e Gustavo Scarpa (ex-Palmeiras, atual Nottingham Forrest) afirmam que foram vítimas de um golpe com criptomoedas. Segundo informações divulgadas na sexta (10), os atletas perderam cerca de R$ 10,4 milhões em operações que prometiam retornos mensais de 3,5% a 5%. Uma empresa do atleta Willian Bigode (Fluminense) também está envolvida na acusação.
De acordo com informações do ge, site esportivo da Globo, Mayke teria investido R$ 4,083 milhões na empresa de criptomoedas, enquanto Scarpa aportou R$ 6,3 milhões. A dupla levou o caso à Justiça pois tentou sacar o dinheiro no ano passado, mas não conseguiu.
Para a polícia, os atletas disseram que decidiram investir em criptomoedas por indicação de Bigode, que é dono da empresa WLJC Gestão Financeira. O atacante do Fluminense foi intimado pela Polícia Civil do Estado de São Paulo e prestou depoimento na última quinta (9).
Segundo o ge, Bigode comentou com os atletas sobre as criptomoedas oferecidas pela Xland e colocou sua empresa (WLJC) à disposição dos amigos para assessorá-los no “investimento”.
O jogador do Fluminense disse que não recebeu nenhum benefício financeiro pela indicação e que perdeu cerca de R$ 17,5 milhões com a empresa.
Até o momento, Gustavo Scarpa e Mayke ainda não se manifestaram sobre o processo. A reportagem completa com os detalhes sobre o caso será exibida no Fantástico deste domingo (12), na Globo.
Jogadores do Palmeiras têm prejuízo milionário
De acordo com a ESPN, Mayke e Scarpa processam três empresas na Justiça por causa do golpe com criptomoedas:
- Xland, pela falta do pagamento no prazo determinado e não fornecer nenhuma notícia sobre o dinheiro investido;
- WLJC, por ter indicado a Xland e ter atuado como “parceira comercial”;
- Soluções Tecnologia Eireli, companhia que fez a conversão do dinheiro em reais para criptomoedas.
À ESPN, Willian Bigode e a WLJC enviaram o seguinte comunicado:
Willian e WLJC Consultoria e Gestão Empresarial através de seus advogados vêm por meio desta nota em razão das últimas notícias esclarecer que, assim como Mayke e Scarpa, Willian também se sente vítima da Xland, já que, somando os rendimentos com o capital aportado, teve um prejuízo de aproximadamente R$ 17.500.000,00 (dezessete milhões e quinhentos mil reais) com a Xland, uma vez que solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 a até hoje não recebeu qualquer quantia.
Willian foi apresentado aos sócios da Xland, Gabriel e Jean, por Marçal Siqueira, pessoa de sua extrema confiança. Após reuniões que envolveram advogados, Gabriel e Jean, Willian sentiu-se confortável em iniciar os investimentos na Xland, porque acreditou na idoneidade da empresa.
Somente após investir capital próprio e porque lhe foi apresentado uma série de garantias, Willian comentou sobre a empresa Xland para Gustavo, que se interessou pelo investimento e procurou sua empresa WLJC para obter mais informações.
Destaca-se que a empresa WLJC não é uma corretora muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro. Mayke é cliente da empresa WLJC que presta o serviço de planejamento financeiro.
Ressalta-se que quanto ao Scarpa, somente foram prestadas informações com relação à Xland e qual o procedimento para investir, uma vez que ele não possui contrato de prestação de serviços com a WLJC.
Importante ressaltar que toda a relação contratual, envolvendo o investimento em criptoativos, deu-se diretamente por Mayke e Scarpa com a Xland, sendo todos os valores investidos transferidos diretamente para as contas da Xland.
Os casos envolvendo a denúncia do golpe com criptomoedas são analisados por varas judiciais diferentes: o de Scarpa corre na 10ª Vara Cível de São Paulo, enquanto o relato de Mayke é analisado pela 14ª Vara Cível de São Paulo.