Morre em São Paulo, aos 75 anos, o economista João Sayad, um dos mentores do Plano Cruzado
O economista João Sayad morreu aos 75 anos neste domingo (5), em São Paulo. Ele sofria de um câncer e estava internado desde o último dia 30 de agosto no Hospital Sírio Libanês. O velório será nesta segunda-feira (6), na capital paulista.
Sayad, ministro do Planejamento no governo José Sarney (presidente da República entre 1985 e 1990), foi um dos mentores do Plano Cruzado, em 1986. O plano econômico foi uma das tentativas de se combater a hiperinflação que assolou a economia brasileira na década de 1980.
Sayad foi professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), mesmo local onde se graduou em Economia em 1967 e fez seu mestrado. Em 1973, mudou-se para os Estados Unidos, onde obteve, na Universidade Yale, o PhD em economia.
Além de ministro do Planejamento, Sayad ocupou outros cargos públicos, como o de secretário da Fazenda do Estado de São Paulo na gestão Franco Montoro, secretário municipal de Finanças de São Paulo, no governo de Marta Suplicy, e secretário estadual de Cultura de São Paulo no governo José Serra.
Sayad sofria de câncer e estava internado desde segunda-feira no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Sayad: PhD em economia na Universidade Yale (EUA)
O economista foi professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), mesma instituição em que se graduou em 1967 e fez mestrado. Em 1973, mudou-se para os Estados Unidos, onde obteve, na Universidade Yale, o PhD em economia.
Além de ministro do Planejamento, Sayad ocupou outros cargos públicos, como o de secretário da Fazenda do Estado de São Paulo na gestão Franco Montoro, secretário municipal de Finanças de São Paulo, no governo de Marta Suplicy, e secretário estadual de Cultura de São Paulo no governo José Serra.
Em uma rede social, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou que Sayad era uma das “pessoas mais admiráveis” que conheceu. “Inteligente, bem-humorado, generoso. (…) Que perda enorme!”
O diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, destacou que Sayad tinha um “espírito público genuíno”.
Crítico de cinema e fundador do festival de documentários É Tudo Verdade, Amir Labaki escreveu que Sayad foi “desses ternos amigos que iluminavam o dia de todas as conversas e desses raros intelectuais que arregaçava as mangas e agigantava todos os cargos que assumia”.
A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) divulgou nota sobre a morte de Sayad: “(…) Sayad foi sócio do antigo Banco SRL, depois comprado pelo grupo American Express, e foi vice-presidente de Finanças do BID.
Como economista teve grande contribuição à academia, tendo assessorado a Fundação do Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), membro do Conselho Fiscal do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vice-diretor do Departamento de Estudos Econômicos da Sociedade Rural Brasileira e representante junto ao Conselho de Orientação do Instituto Roberto Simonsen. Foi também consultor-técnico do Instituto de Pesquisas, Estudos e Assessoria do Congresso (IPEAC), membro da Comissão de Economia da CAPES/MEC para a instituição do curso de pós-graduação na Universidade de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio e presidiu a TV Cultura, no início da década passada. A ABBC presta condolências à família e amigos.”
Sayad deixa mulher e duas filhas.
Com informações do Estadão Conteúdo