A Construtora João Fortes (JFEN3), solicitou, nesta terça-feira (28), um pedido de recuperação judicial. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A João Fortes disse que o Conselho de Administração da empresa aprovou o pedido em caráter de urgência. Segundo ela, a construtora vem enfrentando um período de adversidades marcado pela crise macroeconômica do Brasil e sua lenta recuperação.
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Neste ínterim, a companhia diz sofrer com a suspensão de financiamentos bancários, deterioração dos preços dos imóveis desde 2015, consumo de seu caixa, falência de credores, baixas vendas brutas, e demora dos órgão públicos na aprovação de projetos em que estava envolvida.
Além disso, a construtora afirmou ter sofrido com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que impulsionou a incerteza do setor imobiliário, por mais que tivesse demonstrando sinais de crescimento. Devido ao cenário complexo, a companhia tomou as seguintes medidas, que acabaram por não surtir efeito:
- Investimento do acionista controlador
- Desmobilização e venda de ativos
- Renegociações de prazos de vencimento com credores
- Reestruturação de despesas
A empresa informa que “com apoio adicional de seus assessores financeiros e jurídicos, continua perseguindo incansavelmente a readequação da estrutura de capital e da liquidez da Companhia, uma reestruturação de forma definitiva, viabilizando a continuidade da empresa e manutenção de sua função social”.
A João Fortes salientou que o pedido de recuperação judicial é a melhor alternativa para superar a crise financeira que passa, com o intuito de criar um ambiente seguro para a renegociação com credores e implementação de mudanças operacionais necessárias.
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“Durante o período de recuperação judicial, a companhia manterá suas atividades normalmente, mantendo sua operação e buscando a viabilização da conclusão das últimas cinco das mais de 50 obras entregues ao longo dos últimos anos”, diz o fato relevante.
A João Fortes reiterou seu compromisso em manter seus stakeholders informados acerca do processo, “divulgando, oportunamente, na forma da legislação e regulamentação vigentes,demais informações relevantes relativas ao processamento do pedido de recuperação judicial”.
