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João Doria convida presidente da Ford para discutir demissões

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Caoa só vai investir na fábrica da Ford em SP se incertezas sobre economia diminuírem. (divulgação)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), convidou o presidente da Ford para discutir o anúncio do fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo. O convite foi feito nesta quarta-feira (20), mas o governador e o executivo da montadora devem se reunir na quinta-feira (21).

“Convidamos o presidente da Ford e a sua diretoria para uma reunião à tarde no Palácio dos Bandeirantes, como já fizemos com a General Motors e com outras indústrias automobilísticas”, disse João Dória.

Anúncio do fim das atividades

Na última terça-feira (19), a Ford anunciou que fechará sua fábrica em São Bernardo do Campo. Além disso, a empresa afirmou que vai deixar o segmento de caminhões.

De acordo com montadora, essa medida é um dos passos para “o retorno a lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul”.

No entanto, o fechamento da planta na Grande São Paulo deverá acontecer até o final de 2019. Hoje a fábrica de São Bernardo produz caminhões e o modelo Fiesta. Segundo a Ford, o custo dessa operação será de cerca US$ 460 milhões.

“A Ford está comprometida com a América do Sul por meio da construção de um negócio rentável e sustentável, fortalecendo a oferta de produtos, criando experiências positivas para nossos consumidores e atuando com um modelo de negócios mais ágil, compacto e eficiente”, informou Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.

Saiba mais: Ford anuncia fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo

Efeito cascata nas demissões

Com a saída da Ford, um efeito cascata em torno de demissões acontecerá. Isso porque, se for a empresa realmente sair de São Bernardo do Campo, distribuidores e fornecedores da montadora devem quebrar em seguida, por conta da falta de demanda.

Dessa forma, apenas a Ford deixaria cerca de 2,8 mil funcionários desempregados, segundo o sindicato.

Além disso, o fim das atividades da Ford pode causar até 24 mil demissões, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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