A JHSF (JHSF3) divulgou seu balanço do segundo trimestre de 2022 (2T22), com números acima do esperado pela XP Investimentos.
De acordo com os analistas, a companhia apresentou resultados resilientes, impulsionados pelo sólido desempenho no segmento de shoppings, varejo + digital com crescimento de receita de 59,2% na comparação do mesmo período de 2021.
A XP reitera a recomendação de compra para as ações da JHSF, no preço alvo de R$9,70/ação.
Um dos destaques foi o segmento de incorporação, com vendas contratadas de R$ 416,5 milhões, auxiliadas pelos projetos Boa Vista Estates e Reserva Cidade Jardim.
A receita líquida do segmento foi de R$ 323,2 milhões, um queda de 42,2% na comparação anual, devido a:
- Comparação mais dura vs. 2T21 devido ao menor estoque do projeto Fazenda Boa Vista; e
- Produtos de incorporação que possuem reconhecimento de receita (POC) mais lento em relação aos loteamentos.
“Além disso, a margem bruta do segmento ficou em 74,3% (-4,0 p.p. vs. 2T21) devido ao mix de receitas com menor margem bruta, embora vejamos estes níveis como sólidos”, diz o relatório da XP.
Os shoppings foram o destaque no 2T22 da JHSF
O segmento de Shoppings foi o destaque na visão dos analistas, especialmente por conta do desempenho de vendas, que alcançou R$ 1,02 bilhão, equivalente a uma alta de 64,1% contra 2019 e ganhos de 41,6% sobre o 2T21.
Com isso, o crescimento do aluguel mesmas lojas (SSR) foi robusto, subindo para 43,0% vs. 2019, além de manter custos de ocupação saudáveis de 8,9% e taxas de ocupação em 96,6%, “o que em nossa visão poderia abrir espaço para reajustes de aluguel sem prejudicar significativamente as operações dos shoppings JHSF”, conforme o relatório.
No geral, a XP ressalta que os resultados da JHSF foram acima das expectativas. Outros aspectos do balanço da JHSF foram a receita líquida consolidada, que atingiu R$ 514 milhões, queda de 22,3% anualmente e alta de 11,5% trimestralmente, apoiada principalmente pelos segmentos não residenciais (especialmente Shoppings).
O Ebitda ajustado ficou em R$ 267 milhões, levando a uma margem EBITDA ajustada de 52,0%, equivalente a uma queda de 15,1 pontos percentuais ante o 2T21 e -4,0 pontos percentuais sobre o 1T22.
Por fim, o lucro líquido da JHSF somou R$ 221 milhões, baixa de 31,3% sobre o mesmo período de 2021 e alta de 32,6% sobre os três primeiros meses do ano, acima das expectativas de R$ 134 milhões da XP, auxiliado por maiores receitas financeiras, devido ao crescimento das taxas de juros.