JBS pretende investir R$ 8 bilhões no Brasil em cinco anos, diz CEO
O CEO da JBS (JBSS3), Gilberto Tomazani, informou que a companhia pretende investir R$ 8 bilhões no Brasil. A declaração ocorreu, nesta quarta-feira (4), em entrevista ao jornal “Valor Econômico”.
De acordo com Tomazani, os recursos investidos pela JBS serão direcionados para a expansão das unidades da Seara no País. Além disso, o montante será utilizado para a construção de fábricas de ração e de incubatórios.
Por meio dos investimentos, a empresa pretende ampliar a capacidade de produção de frango, suínos e alimentos processados. Segundo uma fonte familiarizada com o assunto, a empresa de alimentos poderá dobrar de tamanho com a aplicação dos recursos.
O CEO salientou que a medida gerará 25 mil empregos diretos e 100 mil vagas indiretas para a Seara, que atualmente conta com 75 mil funcionários.
Tomazoni afirmou que os investimentos poderão fazer com que outros fornecedores da JBS façam investimentos de cerca de R$ 5 bilhões na empresa. Os recursos serão uma forma de atender o aumento da demanda por produção.
O executivo falou ainda sobre um aumento da demanda por carne bovina que continuará ocorrendo ao longo das próximas décadas. “O mercado de carne bovina responde mais lentamente a esse movimento, mas está acontecendo, com bastante influência do aumento da demanda da Ásia”, afirmou Tomazoni.
Venda da participação do BNDES na JBS
Em novembro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou bancos para vender parte de sua participação na JBS por meio de uma oferta de ações.
Saiba mais: BNDES contrata bancos para venda de participação na JBS
O BNDES avalia vender 290 milhões de ações. Assim, a oferta subsequente de ações (follow-on) levantaria R$ 7,8 bilhões. Isso é equivalente a cerca da metade da participação de 21,3% da instituição estatal na companhia.
A venda de parte da participação na JBS faz parte dos planos da instituição bancária de alienar a maior parte de sua carteira de ações de R$ 110 bilhões. Esse é um reflexo da tentativa do governo de Jair Bolsonaro de fazer com que o Estado interfira menos na economia