A JBS (JBSS3), em comunicado divulgado na última sexta-feira (16), informou que não faz parte da investigação que envolve os irmãos Batista, donos do grupo. Eles teriam sido denunciados por corrupção e a companhia estaria sendo questionada sobre o assunto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a B3. A companhia assegurou que “não é parte nos procedimentos investigatórios e acusatórios citados no ofício e não há qualquer ação judicial em curso contra a companhia a esse respeito”.
De acordo com a JBS, as denúncias mencionadas foram oferecidas pelo Ministério Público Federal na última quarta-feira (14), como resultado de inquérito instaurado em 2018, perante o Superior Tribunal de Justiça, a partir dos acordos de delação premiadas, firmados em maio de 2017, por determinados executivos da J&F Investimentos. Vale destacar que o conteúdo dos acordos é de conhecimento público.
A empresa ressaltou que os benefícios fiscais utilizados, nesse contexto, foram exigidos pelo Estado do Mato Grosso do Sul há cerca de três anos, em 2017. A JBS afirmou que os valores obtidos estão sendo pagos em parcelas, regularmente, sem nenhum prejuízo adicional.
A companhia avalia que “sob nenhum aspecto é possível considerar que os eventos relatados no ofício possam ser considerados fatos relevantes, nos termos da regulação da CVM”.
Ainda no ofício em resposta à B3 e à CVM, a JBS se mostra preocupada com a utilização de notícias “antigas e por vezes omissas e/ou equivocadas” pela autarquia para fazer questionamentos à empresa.
“Nota-se que muitos dos eventos e informações sobre os quais a companhia é chamada a se posicionar são públicos e amplamente difundidos, alguns de fácil acesso pela internet”, informa a JBS. No entendimento da empresa, a autarquia deveria realizar uma verificação prévia em relação a atualidade de veracidade das notícias antes de enviar ofício à companhia.
Com informações do Estadão Conteúdo