JBS, Minerva e Marfrig podem paralisar abates devido ao coronavírus

A JBS (JBSS3) e a Minerva Food (BEEF3) estudam suspender os abates de bovinos no Brasil devido às complicações logísticas geradas pelo coronavírus (Covid-19). As informações foram divulgadas pela agência de notícias “Reuters”.

Por meio de uma nota, a JBS informou que vem monitorando os reflexos do coronavírus em sua operação e salientou que “avalia a implantação de férias coletivas exclusivamente em algumas das suas unidades de processamento de bovinos no Brasil”.

A companhia, no entanto, não detalhou quais seriam as medidas de contenção e quais plantas poderão ter suas atividades suspensas. A JBS também atua com frangos, suínos e alimentos processados.

De acordo com a “Reuters”, existe a expectativa de que outras companhias do setor sejam atingidas pelo mesmo movimento. A Marfrig Global Foods (MRFG3) informou que ainda não há previsões sobre a suspensão dos abates, no entanto, a companhia está monitorando o cenário.

Segundo a Marfrig, as exportações para a China representam 6% de toda a operação da companhia. De acordo com a “Reuters”, a Minerva também estaria avaliando suspender por tempo indeterminado algumas de suas atividades.

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JBS paralisaria as unidades nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, plantas que possuem a maior operação. As reuniões para a decisão de quais unidades seriam fechadas começaram na última sexta-feira (13).

A “Reuters” disse que a avaliação de paralisar as unidades ocorreu devido à dificuldade de exportação por falta de contêineres, que foram enviados para a China e ainda não voltaram.

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O grande movimento de embarques de carnes durante 2019 fez com que muitos contêineres fossem enviados ao país asiático, com o intuito de abastecer a demanda local para o Ano Novo Lunar, ocorrido no fim de janeiro.

“Agora que a logística começou a ser liberada na China, os contêineres, que demoram quase 40 dias para se deslocar até o Brasil, ainda não estão disponíveis aqui”, disse uma fonte do setor à “Reuters”.

O surto do coronavírus, oriundo na província de Hubei, na China, suspendeu em janeiro a distribuição de cargas que estavam nos portos, impedindo que os contêineres retornassem.

Jader Lazarini

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