A JBS (JBSS3) anunciou, neste sábado (4) que devido às consequências das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, decidiu antecipar o pagamento do 13º salário para seus funcionários baseados na região.
De acordo com a JBS, mais de 15 mil pessoas serão contempladas, e a liberação representa cerca de R$ 30 milhões.
O valor será depositado na próxima semana. “O objetivo é apoiar os colaboradores nesse momento em que as chuvas causam enormes transtornos a toda a população do Estado”, disse a empresa, em nota.
“Nossa prioridade é garantir a segurança das pessoas e permitir que elas tenham abrigo e acesso a alimentos e água. Com essa antecipação do 13º, esperamos minimizar os transtornos”, afirma Gilberto Xandó, presidente da JBS Brasil.
A companhia também destacou que desde o início dos temporais já foram doados 2.600 cestas básicas, 40 mil kits de higiene e limpeza e 40 toneladas de alimentos.
As chuvas já deixaram 57 mortos no Rio Grande do Sul e, até o momento, há 67 desaparecidos. Dos 497 municípios gaúchos, 281 já foram afetados, no que é considerado o pior desastre climático do Estado.
Na capital, o nível do Rio Guaíba bateu recorde. Há registros de blecautes e falta de água na cidade. A rodoviária e o centro histórico foram alagados.
Wesley Batista, da JBS, diz que Brasil ‘caminha para ajuste de contas públicas’
Wesley Batista, sócio da J&F, holding que detém a JBS, declarou que o Governo “claramente caminha no sentido de um ajuste de contas”.
Durante o Seminário Brasil Hoje, da Esfera, que ocorreu no dia 22, em São Paulo, o empresário disse que “no mundo raramente temos uma combinação de estabilidade com oportunidades”, citando que se mantém otimista apesar das notícias recentes.
As declarações são dadas cerca de uma semana após o governo afrouxar a meta fiscal para os próximos anos e projetar superávit somente em 2026 – medidas que aumentaram drasticamente o ceticismo do mercado acerca da sustentabilidade fiscal.
Batista disse que apesar disso segue “otimista com Brasil” e mantém o plano de investimento na casa dos R$ 50 bilhões ao longo dos próximos anos.
“No caso da JBS temos um plano de R$ 15 bilhões. Além disso, nosso principal projeto do ponto de vista de valor é a Eldorado, nosso negócio de celulose, da casa de R$ 25 bilhões. Teremos a construção de uma nova linha, que nos gerará 2,5 milhões de toneladas de produção. Nos investimentos iremos construir uma ferrovia de 90km, além do investimento em floresta e, é claro, na própria fábrica”, disse o empresário.
O plano da J&F contempla também a expansão das operações e da logística da J&F Mineração, que investirá R$ 5,5 bilhões até 2025, em três obras que resultarão em 6,5 mil novos empregos.
Além disso a holding dona da JBS também realizará aportes na Âmbar Energia para a aquisição e construção de usinas e fazendas solares.
Com Estadão Conteúdo