Fitch reafirma rating da JBS (JBSS3) em ‘BBB-‘, com perspectiva estável

A Fitch Ratings reiterou os ratings de longo prazo em moeda estrangeira e moeda local da JBS S.A. (JBSS3) em ‘BBB-‘, enquanto o rating da escala nacional ficou em ‘AAA(bra)’.

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A agência também reafirmou a classificação de longo prazo da JBS USA Lux S.A. (JBS USA) e as notas seniores sem garantia em ‘BBB-‘, emitidas com os co-emissores JBS Luxembourg Company S.A. e JBS USA Food Company. As notas seniores sem garantia da JBS USA são garantidas pela JBS S.A. JBS USA Finance Inc. A perspectiva do rating foi classificada como estável.

Em nota, a agência ressaltou que as classificações refletem “o forte perfil empresarial, a amortização favorável da dívida, o fluxo de caixa livre positivo esperado e a desalavancagem gradual nos próximos dois anos após atingir um pico em 2023″, disse em nota.

Para o sólido perfil empresarial da empresa, a Fitch destacou o tamanho da empresa, sua variedade de proteínas e a diversificação geográfica, sendo uma das empresas mais diversificadas geograficamente no setor de proteínas avaliada pela agência, com presença expressiva na América do Norte, América do Sul, Austrália e Europa.

Sobre a exposição da empresa fora dos EUA, a Fitch disse que a diversificação geográfica de vendas e produção “ajuda a mitigar o impacto das flutuações cíclicas do mercado de gado, restrições de importação, questões de saúde, questões sociais e riscos ambientais, incluindo aqueles decorrentes das complexidades de monitoramento da cadeia de suprimentos”.

Em 2023, as exportações representaram aproximadamente 25% das vendas líquidas globais da companhia, com a China recebendo 25% desses embarques. A JBS Brasil contribuiu com cerca de 13% do Ebitda do grupo em 2023.

Já nos Estados Unidos, a Fitch avalia como forte a ligação entre a divisão norte-americana e sua empresa controladora, “com altos incentivos legais, operacionais e estratégicos alinhados com os Critérios de Classificação de Vínculo entre Controladora e Subsidiária da Fitch”.

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“A JBS USA é indiretamente totalmente controlada pela JBS S.A. e gera a maior parte das receitas consolidadas da JBS S.A. Os títulos da divisão norte-americana são garantidos pela empresa controladora, que exerce controle sobre as estratégias empresariais e financeiras da JBS USA”, afirmou a agência.

Além disso, a Fitch apontou como um dos fatores para a classificação atual uma possível redução da alavancagem líquida, projetada para cair abaixo de 3x até 2024 e diminuir ainda mais em 2025, com um aumento no Ebitda que deve ocorrer em virtude de um fluxo de caixa livre positivo e um desempenho forte em “várias divisões”, segundo a agência.

“Especificamente, a Seara e os segmentos de aves e suínos nos EUA provavelmente verão melhorias por causa de preços mais baixos dos grãos e uma equação oferta/demanda mais equilibrada”, disse a Fitch, ressaltando que a lucratividade da divisão de carne bovina dos EUA pode seguir afetada pela desaceleração cíclica.

A agência ressaltou, também, que vê o perfil empresarial da JBS (JBSS3) em linha com o da Tyson Foods, que, “embora menos diversificada internacionalmente, oferece uma gama mais ampla de alimentos preparados e não enfrenta os mesmos desafios ambientais que a companhia enfrenta no Brasil, especialmente em relação ao desmatamento”.

Por fim, a Fitch citou como fatores que podem elevar a classificação da JBS: uma dívida líquida sobre Ebitda abaixo de 1,5x de forma sustentada e uma melhoria na governança. Já entre os fatores que poderiam levar a um “downgrade”, a agência destacou uma possível alavancagem líquida acima de 2,5x de forma sustentada em conjunto com um fluxo de caixa livre negativo e liquidez fraca.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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