JBS (JBSS3): CDA aprova emissão de R$ 2 bi em debêntures para compra de bovinos
O Conselho de Administração (CDA) da JBS (JBSS3) aprovou os termos e condições da 5ª emissão de debêntures da companhia no valor total de até R$ 2,04 bilhões, equivalente a 2,4 milhões de debêntures, com valor nominal unitário de R$ 1 mil. A informação foi divulgada através da ata da reunião realizada na última segunda-feira (19).
As debêntures são simples, não conversíveis em ações e da espécie quirografária. A JBS informou que os recursos líquidos obtidos na operação serão destinados “integralmente e exclusivamente” à aquisição, pela empresa, de bovinos de produtores rurais.
As debêntures serão vinculadas à emissão de CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio). “As debêntures serão subscritas e integralizadas exclusivamente pela Securitizadora, sem coobrigação, e, após isso, as debêntures e os Direitos Creditórios do Agronegócio delas decorrentes serão vinculados aos CRA, para que formem o lastro dos CRA a serem distribuídos por meio da oferta pública dos CRA. Assim, as debêntures da Emissão serão vinculadas aos CRA, sendo as debêntures 1ª Série vinculadas aos CRA 1ª Série e as debêntures 2ª Série vinculadas aos CRA 2ª Série”, explicou a JBS em seu documento.
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As debêntures “1ª Série” terão vencimento no prazo de 84 meses a partir da data de emissão. Já as debêntures “2ª Série” terão vencimento no prazo de 120 meses contados da data que foram emitidas.
JBS e investigação que envolve os irmãos Batista
A JBS, em comunicado divulgado na última sexta-feira (16), informou que não faz parte da investigação que envolve os irmãos Batista, donos do grupo. Eles teriam sido denunciados por corrupção e a companhia estaria sendo questionada sobre o assunto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a B3. A companhia assegurou que “não é parte nos procedimentos investigatórios e acusatórios citados no ofício e não há qualquer ação judicial em curso contra a companhia a esse respeito”.
De acordo com a JBS, as denúncias mencionadas foram oferecidas pelo Ministério Público Federal há uma semana, como resultado de inquérito instaurado em 2018, perante o Superior Tribunal de Justiça, a partir dos acordos de delação premiadas, firmados em maio de 2017, por determinados executivos da J&F Investimentos.