JBS (JBSS3): banco vê o melhor risco-recompensa do setor e reitera compra das ações
A JBS (JBSS3) tem o melhor risco-recompensa do setor e está em um ponto de inflexão, avalia o BTG Pactual. O banco reiterou recomendação de compra para as ações da companhia.
Na análise, o BTG destaca os resultados sólidos do terceiro trimestre da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), empresa pertencente à JBS, impulsionados por um ambiente cíclico em melhoria nos Estados Unidos, Europa e outro bom desempenho no México.
A PPC registrou receita de US$ 4,4 bilhões em linha com o ano anterior (-2%). O Ebitda ajustado (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de US$ 324 milhões, alta de 30% em relação ao trimestre anterior, mas queda de 30% na base anual, com uma margem de 7,4%. O lucro líquido registrado é de US$ 121 milhões.
“A recuperação da JBS foi impulsionada principalmente pelos Estados Unidos, onde a demanda por carne de frango está se equilibrando e as margens estão finalmente encontrando espaço para melhorar”, explica o BTG.
Nos Estados Unidos, a receita da JBS subiu 2% em relação ao trimestre anterior, atingindo US$ 2,5 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado cresceu 53% sequencialmente, indo para US$174 milhões.
Os resultados da JBS na Europa também foram sólidos, com diminuição das pressões de custo. Na divisão, o Ebitda ajustado foi de US$80 milhões. Por fim, no México o Ebitda foi de US$69 milhões.
A partir disso, o BTG reiterou recomendação de compra para as ações da JBS, com preço-alvo de R$ 35. Nesta quinta (26), os papéis da companhia estão cotados a R$ 19,99, com alta de 3,5%.
“Um mercado mais normalizado, em que a diversificação da JBS desempenha o papel que deveria, tornaria as ações muito baratas para serem ignoradas. Também acreditamos que algumas de suas divisões, incluindo a PPC, podem se beneficiar do ciclo de gado dos EUA”, conclui o BTG.
Analistas esperam recuperação da margem Ebitda
Registrando uma das margens Ebitda mais baixaa dos últimos 14 anos para o primeiro semestre, o BTG aponta uma recuperação no segundo semestre, com uma margem Ebitda consolidada de 6,5%.
Neste contexto é projetado uma margem Ebitda consolidada de 7% em 2024, com um Ebitda de R$ 26 bilhões.
Companhia movimenta 2,1% do PIB do Brasil, diz estudo
Um estudo publicado no fim do mês passado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), uma organização sem fins lucrativos, aponta que a JBS movimenta 2,1% do PIB (Produto Interno Bruto) no país.
Além disso, a empresa representa 2,73% do emprego no Brasil. A análise se refere ao período 2020-2021, mas a pesquisa aconteceu durante o ano de 2022.
Para quem não sabe, a JBS é uma multinacional brasileira no setor de alimentos, com sede em São Paulo e está presente também no exterior. Conta com mais de 250 mil colaboradores e fornece insumos para marcas como Seara, Friboi, Doriana, entre outras.
Desempenho anual da JBS
Cotação JBSS3