A JBS (JBSS3) divulgou nesta quinta-feira (13) os resultados do segundo trimestre de 2020. A multinacional registrou um lucro líquido de R$ 3,4 bilhões, em aumento de 54,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando tinha sido de R$ 2,2 bilhões.
A receita líquida da JBS, por sua vez, cresceu 32,9% no período, passando de R$ 44,3 bilhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 56,4 bilhões no segundo trimestre deste ano. Por sua vez, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 10,5 bilhões, um aumento de 105,9% em relação ao ano passado. Segundo a empresa, o movimento positivo foi causado pela JBS Brasil, JBS USA Beef e JBS USA Pork que registraram, respectivamente, crescimento de 222,8%, 208,7% e 153,7% no Ebitda, em reais.
Além disso, a JBS encerrou o período entre abril e junho com R$ 22,7 bilhões em caixa. Adicionalmente, a JBS USA possui US$ 1,6 bilhão disponível em linhas de crédito rotativas e garantidas, equivalentes a R$ 8,6 bilhões, possibilitando que a JBS tenha disponibilidade total de R$ 31,3 bilhões. O resultado representa uma quantia seis vezes maior às dívidas de curto-prazo da empresa.
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“Esta pandemia tem acelerado algumas tendências. Alimentos fáceis de cozinhar, rápidos de preparar, saudáveis, e indulgentes, assim como as compras por e-commerce. Tudo isso tem criado importantes oportunidades de crescimento e de acelerar a transformação dos negócios. Porém, o mais relevante é que os fundamentos dos negócios não se alteraram.”, salientou a empresa na divulgação dos seus resultados.
No relatório, o CEO da Global JBS, Gilberto Tomazoni, disse: “Em um cenário de inúmeros desafios, mantivemos nossas disponibilidades de caixa em níveis bastante confortáveis, US$ 4,8 bilhões, e reduzimos nosso nível de alavancagem para 1,75 vezes, a menor da história da JBS. Com a geração de caixa, anunciamos o pré pagamento de US$ 875 milhões em dívidas, o que reduzirá as despesas financeiras em US$ 53 milhões por ano”.
Cade aprova aquisição de produtos da marca Bunge da Seara pela JBS
A subsidiária da JBS, Seara, recebeu aprovação, sem restrições, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição de produtos de marca da empresa norte-americana de maionese e margarinas Bunge. A decisão foi publicada nesta terça-feira (4) no Diário Oficial da União.
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Em dezembro do ano passado, a JBS anunciou que a compra dos ativos da Bunge totalizaram R$ 700 milhões. A operação envolve três unidades fabris em São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco. “Pelo acordo, serão adquiridas diversas marcas, entre elas Delícia, Primor e Grandina”, afirmou a controladora da Seara.