A JBS (JBSS3) protocolou na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) seu pedido para registrar títulos no território norte-americano. Segundo informações divulgadas pela Bloomberg Línea nesta segunda (22), esse movimento atende uma ambição da maior fornecedora de carne do mundo, que deseja listar suas ações nos EUA.
De acordo com a publicação, a empresa da família Batista atingiu os requisitos de governança para listar ativos nos EUA. Assim que o pedido de registro de títulos entrar em vigor, a empresa será obrigada a divulgar suas informações nos Estados Unidos e estará sujeita às exigências locais.
Josseline Jenssen, analista da Lucror Analytics, disse em relatório aos clientes que “listar os títulos na SEC é um passo mais próximo de uma listagem de ações nos EUA, o que aumentaria a liquidez dos instrumentos da JBS e a governança corporativa”.
No Ibovespa hoje desta segunda, as ações da JBS chegaram a ter uma alta de 2,4%, mas encerraram o pregão com um leve crescimento de 0,82%, aos R$ 17,14.
Na sexta (19), a empresa informou ao mercado essa movimentação e disse que a declaração se referia às ofertas de trocas de 11 bonds antigos por 11 novos.
“A companhia não pretende registrar os Bonds Novos em qualquer bolsa de valores nos Estados Unidos da América ou em outro lugar neste momento, mas pode optar por fazê-lo no futuro”, informaram os gestores da empresa.
JBS no 1T23
A JBS encerrou o primeiro trimestre de 2023 com prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão ante lucro líquido de R$ 5,142 bilhões, ou R$ 2,29 por ação, verificado em igual período de 2022, informou a empresa.
A receita líquida da JBS foi de R$ 86,683 bilhões, queda de 4,6% em relação aos R$ 90,866 bilhões do primeiro trimestre do ano passado. Já o Ebitda ajustado da JBS (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) diminuiu 78,6%, passando de R$ 10,084 bilhões para R$ 2,162 bilhões. A margem ficou em 2,5%.
A dívida líquida da JBS somou R$ 83,746 bilhões, 26% superior ao reportado em igual trimestre de 2022, de R$ 66,488 bilhões. Em dólares, a dívida líquida aumentou 17,5%, de US$ 14,033 bilhões para US$ 16,484 bilhões.
Com informações de Estadão Conteúdo