A JBS (JBSS3) anunciou, na última segunda-feira (27), que fechou um memorando de entendimentos com o WH Group. O acordo diz respeito ao fornecimento de carne bovina, de aves e suína in natura ao mercado da China.
Em nota ao mercado, a JBS informou que o acordo estipula o fornecimento de produtos das marcas Friboi e Seara. O acordo pode movimentar até R$ 3 bilhões por ano.
As primeiras atividades da parceria devem acontecer ainda no primeiro trimestre deste ano.
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De acordo com a companhia, além de expandir a participação dos produtos da empresa no mercado asiático, especialmente de origem bovina, a meta a ser atingida com o acordo é dar acesso direto ao consumidor por meio dos mais de 60 mil pontos de venda exclusivos do WH Group no país.
Follow-on das ações da JBS em posse do BNDES deve atrasar
A saída do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) da JBS deve atrasar. A oferta subsequente de ações (follow-on), que seria anunciada na última semana, não deve ser oficializada em janeiro.
O motivo seriam os trâmites internos do banco estatal que não foram cumpridos. Inicialmente, era esperado que as ações da JBS fossem vendidas pelo BNDES em dezembro do ano passado, mas também foi postergada.
Em um processo similar, no final de 2019 a instituição financeira se desfez dos papéis da Marfrig (MRFG3), captando R$ 2 bilhões no mercado secundário.
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Entretanto, neste caso, o BNDES foi “instigado” a desinvestir da JBS. A gigante das carnes faria, de qualquer forma, uma oferta para arrecadar recursos com o intuito de financiar a compra de um ativo. Dessa forma, o BNDES pôde embarcar na mesma oferta, segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”.
Na oferta da JBS, que será apenas secundária, o BNDES poderá vender metade de sua fatia na empresa.