Nesta quinta-feira (22), o conselho administrativo da JBS (JBSS3) aprovou a emissão no valor de até R$ 600 milhões em debêntures não conversíveis em ações que servirão de embasamento para a emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs).
A titular das debêntures da JBS será a RP Capital Companhia de Securitização e emitirá os CRAs ao mercado.
O valor recebido será emitido em duas partes, uma parte relacionada ao IPCA, com vencimento de 60 meses, e outra à taxa DI, com vencimento em 48 meses.
O valor total da emissão de debêntures será reduzido equivalentemente no valor dos recebíveis caso a subscrição de CRAs seja inferior à oferta.
JBS quer entrar no mercado dos EUA
A JBS retoma os planos de adentrar no mercado dos Estados Unidos. Em 2017, após as delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista nos processos da operação Lava Jato, os planos foram adiados.
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Presente em quatro continentes, a JBS gera 25% de sua receita com exportação e tem forte presença no país norte-americano. Segundo o presidente da empresa, Gilberto Tomazoni, a empresa está voltando aos planos para fazer a listagem de ações na bolsa de Nova York (NYSE) e levantar recursos para financiar seu crescimento.
Resultados da JBS
Apresentando o lucro líquido de R$ 2,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, a JBS reverteu o prejuízo do mesmo período do ano passado. As ações da processadora de carnes apresentaram alta de +4,6% na última quinta-feira (15) após o anúncio do resultado trimestral. A valorização total dos últimos 12 meses é de +212,11%.
Os resultados positivos da JBS foram impulsionados pela demanda asiática, ondes os plantéis foram dizimados em decorrência da peste suína africana na China. Os ganhos na divisão de alimentos processados pela Seara e as operações de frango e carne suína nos EUA também apresentaram recuperação.