A JBS (JBSS3), uma das maiores produtora de proteínas animais do mundo, fechou nesta quarta-feira (26) um acordo para a aquisição do negócio de margarinas da multinacional Bunge no Brasil pelo valor de aproximadamente R$ 700 milhões.
Ao fechar o acordo de aquisição, a JBS acirrou ainda mais a concorrência com a BRF (BRFS3), multinacional brasileira dona das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, devido a liderança no mercado de alimentos congelados pela marca Seara, também comprada pela JBS, em 2013 por R$ 5,5 bilhões.
A empresa é dona da marca Doriana, que no passado era líder no mercado brasileiro, porém perdeu espaço para a Qualy nos últimos dez anos.
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A BRF apresenta liderança no mercado da margarina, com uma atuação de cerca de 55% do mercado do Brasil, segundo a consultoria Nielsen.
“A transação fortalece a posição da Seara no mercado de margarinas no Brasil, otimizando sua plataforma de distribuição”, informou a JBS.
Cade aprova aquisição da JBS de produtos da marca Bunge
A subsidiária da JBS (JBSS3), Seara, recebeu aprovação, sem restrições, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição de produtos de marca da empresa norte-americana de maionese e margarinas Bunge. A decisão foi publicada no dia 4 de agosto desse ano no Diário Oficial da União.
A operação envolve três unidades fabris em Gaspar (SC), São Paulo e Suape (PE) e as seguintes marcas:
- Cremosy
- Soya
- Cukin
- Delícia
- Primor
- Suprema
- Predileta
- Ricca
- Grandina
A operação foi alvo de questionamentos BRF. Em abril deste ano, a dona da Qualy, alegou preocupações concorrenciais ao Cade e entrou como parte interessada no processo de avaliação de aquisição da Bunge.
Para enfrentar a JBS no mercado, além da entrada no processo, a BRF reativou em fevereiro a linha de produção de margarinas na fábrica de Uberlândia, que estava parada desde 2017. A empresa fez aporte de R$ 2,5 milhões e ampliou sua capacidade de produção de margarina em 35%.
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No entanto, o órgão regulador entendeu que a operação não levará a um abatimento da concorrência no mercado de margarinas. “A Seara seguirá enfrentando a concorrência da BRF — líder com mais de 50% de mercado — e ainda pressão de competidores regionalmente relevantes”, afirmou o Cade, na decisão sobre a compra da JBS.