Vai um jatinho? Milionários estão fazendo fila para comprar

Enquanto muitos sofrem com a inflação dos alimentos no Brasil, os milionários e bilionários enfrentam outro tipo de dificuldade na hora de ir às compras: querem adquirir seus próprios jatinhos mas precisam ficar na fila de espera para conseguir.

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Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a espera para ter um avião particular pode durar anos. De acordo com empresas do setor, isso ocorre por causa da pandemia, que levou os mais ricos a buscarem seus próprios jatinhos para viajar de forma mais segura.

Ao mesmo tempo, a oferta não acompanhou o aumento de demanda, gerando um descompasso no setor. A crise nas cadeias de suprimento globais agravou o problema, ao levar parte do transporte marítimo para os aeroportos – o que tirou jatos do mercado executivo.

Diante deste cenário, os milionários estão disputando cada jatinho disponível no mercado. Isso impacta também os seminovos, fazendo com que aviões com um ou dois anos de idade tenham preço mais alto que um de fábrica, pois os clientes não querem esperar para comprar um zero quilômetro.

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Segundo a empresa Líder, consultada pela reportagem, o tempo de espera para vender um jatinho antes da pandemia era de vários meses, chegando a passar de um ano. Hoje, é uma questão de horas.

Brasil é segundo do mundo com mais jatinhos particulares

De acordo com levantamento da consultoria Wealth-X, o Brasil é o segundo país com mais proprietários de aviões particulares em todo o mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Depois do Brasil estão Canadá, México e Alemanha.

No mercado brasileiro existem 16 mil aeronaves privadas, incluindo jatinhos, aviões, turboélices e helicópteros. Considerando somente os jatos, a frota cresceu 8,5% entre fevereiro de 2021 e de 2022, passando de 680 para 738 aeronaves.

Entre os modelos preferidos dos brasileiros está o Phenom 300 da Embraer, que custa mais de R$ 32,4 milhões, e os turboélices King Air, com preço de R$ 37,1 milhões.

Quem se beneficia do movimento é a Embraer (EMBR3), que verá as vendas de jatos executivos passarem de 86 em 2020 para 100 a 110 este ano.

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Natalia Gómez

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