O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu no terceiro trimestre a um ritmo mais elevado do que inicialmente calculado, atingindo 1,8%. Os motivos para isso se dão pela demanda doméstica resiliente e os gastos das empresas, que compensaram a queda nas exportações e tensões comerciais globais.
Na leitura anterior, a economia do Japão, no intervalo de julho a setembro, em termos anualizados, havia avançado 0,2%, segundo o Escritório do Gabinete japonês.
O forte crescimento marcou o quarto trimestre seguido de expansão e também superou a expectativa de economistas de uma alta de 0,7%. As melhoras nos gastos de capital e consumo privado fortaleceram o indicador.
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No entanto, analistas afirmam que a força do terceiro trimestre, que marcou o crescimento mais fraco de 2019, mascara alguma sensibilidade que pode levar a um desempenho muito mais fraco posteriormente.
“Embora a economia do Japão tenha expandido mais rapidamente antes do aumento do imposto sobre vendas de outubro do que inicialmente estimado, a produção deve encolher em 2020”, salientou Marcel Thieliant, economista sênior do Capital Economics, à agência de notícias “Reuters”.
BC do Japão diz que deve aliviar política monetária
O Banco Central do Japão (BOJ), através de sua diretoria, afirmou no final de setembro que iria flexibilizar a sua política monetária.
Segundo a nota publicada no site da autoridade monetária central, o Banco Central do Japão informou que faria o que fosse necessário para cumprir sua meta de inflação de 2%.
“Minha preocupação recente é que, em meio a riscos significativos de queda nas economias estrangeiras, efeitos negativos seriam exercidos sobre os preços”, afirmou Takako Masai, uma das diretoras da instituição monetária central.
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Masai reforça que “pretende continuar conduzindo a política monetária de maneira adequada para atingir a meta de estabilidade de preços, considerando todos os efeitos adversos e positivos possíveis de todos os ângulos”.
Ela faz referência às expectativas do mercado quanto a cortes adicionais nas taxas de juros do Japão para um patamar ainda mais negativo, caso afrouxe novamente a política monetária.
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