Em uma curta reunião com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, o chanceler do Japão, Yoshimasa Hayashi, disse ter esperança no avanço da reforma tributária brasileira, que possa dar vazão a mais investimentos do pais asiático no Brasil.
De acordo com reportagem do Broadcast/Estadão, a sinalização positiva por parte do Japão, para além da reforma tributária, já havia sido feita na semana passada, em um encontro em Tóquio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com empresários locais.
Fechado, o encontro bilateral entre os chanceleres aconteceu em Hiroshima, no hotel em que a delegação brasileira está hospedada.
Mauro Vieira acompanha o presidente Lula (PT) na visita oficial ao Japão para participar da cúpula do G7, que acontece na cidade japonesa neste final de semana.
“O ministro Hayashi expressou sua esperança no avanço da reforma tributária brasileira, afirmando que isso estimularia os investimentos das empresas japonesas”, diz o comunicado do Ministério de Negócios Estrangeiros do Japão.
O Brasil ainda não se manifestou sobre a bilateral. De interesse do governo, a reforma tributária vai tramitar no Congresso Nacional após a aprovação do novo arcabouço fiscal.
Chanceler que citou reforma tributária mantém apoio à entrada na OCDE
De acordo com a nota japonesa, Hayashi se comprometeu a manter o apoio ao processo de entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e manifestou o interesse em fortalecer os laços comerciais com o Brasil.
“Os dois ministros trocaram pontos de vista, entre outros, sobre a situação na Ucrânia e no Leste Asiático. Os dois ministros também compartilharam a opinião de que os dois países, como membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, trabalhariam juntos e liderariam as reformas do Conselho de Segurança em união como membros do G4”, limita-se a dizer o comunicado sobre o ponto nevrálgico das discussões multilaterais em Hiroshima, a guerra na Ucrânia.
“Os dois ministros compartilharam a visão de que toda a comunidade internacional precisa trabalhar em conjunto para defender uma ordem internacional livre e aberta baseada no estado de Direito”, acrescenta o texto.
Com Estadão Conteúdo