A Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, citou que o país corre um risco de entrar em recessão por conta da inflação relativamente elevada, em atuais 8,5% segundo a última leitura do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês).
“Uma recessão nos Estados Unidos já é um risco real na medida em que o Federal Reserve [Fed] faz um aperto monetário por conta da inflação”, disse Janet Yellen à CNN.
“Portanto, é certamente um risco que estamos monitorando. Temos um mercado de trabalho forte e acho que é possível mantê-lo assim”, completou a Secretária do Tesouro dos EUA.
Além disso, Yellen reiterou que a ‘inflação está muito alta’, em referência ao CPI atual. Vale lembrar que, antes dos 8,5%, a inflação anualizada dos Estados Unidos chegou a 9,1%, em recorde para os últimos 40 anos.
A secretária também voltou a citar a meta do Fed de realizar um ‘soft landing’ – termo utilizado para descrever uma condução pouco turbulenta da política monetária, que em tradução livre significa ‘aterrisagem suave’.
A meta de inflação do Fed é de 2%.
A autoridade monetária, assim, espera chegar nesse patamar do CPI anualizado sem mergulhar a economia dos EUA em uma recessão.
Para Janet Yellen, ainda há uma trajetória longa para que essa meta seja alcançada.
“Acho que há um caminho para chegar lá. No longo prazo, não podemos ter um mercado de trabalho forte sem uma inflação sob controle”, disse.
Janet Yellen destaca inflação do petróleo
Yellen disse, também em entrevista à CNN, que os EUA estão ‘trabalhando no teto de preço para tentar resolver’ o imbróglio do petróleo. Isso, pois a União Europeia (UE) deixará de comprar petróleo russo, segundo a secretária.
Nesse cenário, os preços do barril de petróleo poderiam disparar no inverno do hemisfério norte.
O plano é que os países do G7 que neguem seguros, finanças, corretagem, navegação e outros serviços para cargas de petróleo com preços acima do teto – que ainda será estipulado.
Janet Yellen também disse que estipular o teto é uma medida que deve limitar a receita da Rússia e, com isso, prejudicar a nação de Putin na guerra contra a Ucrânia.
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