O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira (21) que o Brasil está na iminência da reabertura do comércio para voltar a estimular atividade econômica.
Bolsonaro declarou, em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, que havia falado com o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, mais cedo. O chefe do Executivo pontuou que os estados e municípios estão caminhando para a reabertura econômica.
“A gente está na iminência de abrir, com responsabilidade, é lógico, o comércio, para que a miséria não se faça valer no Brasil, porque uma pessoa desempregada não tem saúde”, comunicou o presidente.
Bolsonaro ainda afirmou que teve uma reunião “muito boa” com os governadores na parte da manhã. O presidente recebeu o apoio dos 27 estados para o veto à possibilidade de reajuste salarial para categorias de servidores públicos.
Bolsonaro também anunciou que pretende sancionar, o mais breve possível, um auxílio de R$ 60 bilhões para os estados e municípios.
Bolsonaro sob forte pressão
Desde o início da epidemia do novo coronavírus no Brasil, o presidente tem se colocado em posição oposta a seguida pelos governadores sobre o isolamento social. Enquanto estes decretaram medidas de restrição à circulação, Bolsonaro alega que os impactos econômicos são piores do que os efeitos da doença.
O chefe do Executivo contestava as medidas e defendia o isolamento vertical, quando somente pessoas dentro do grupo de risco e aquelas que apresentam alguma complicação fazem a quarentena. Os governadores, pelo contrário, apostam no isolamento horizontal, que determina a restrição de circulação para todos os grupos.
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O presidente vinha trocando nas últimas semanas ataques, principalmente, com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). No mês de março, os dois governantes tiveram uma discussão em videoconferência, enquanto disputavam sobre qual seria a melhor maneira de gerir a crise. Na reunião desta quinta-feira, porém, ambos trocaram cordialidades e fizeram um apelo para o trabalho em conjunto.
No entanto, embora Bolsonaro tencione a reabertura das atividades econômicas, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou no mês anterior que a decisão de reabrir o comércio e flexibilizar as medidas de isolamento social cabem aos governadores e prefeitos.