Itaúsa (ITSA4) e XP (XPBR31) rompem acordo de acionistas
A Itaúsa (ITSA4) e a XP (XPBR31) rescindiram o Acordo de Acionistas que mantinham, conforme comunicado em fato relevante na manhã desta segunda-feira (10).
Atualmente a Itaúsa vem de uma toada de vendas de ações da XP e detém 4,28% do capital social total da companhia, além de 1,51% do capital votante.
“Com essa Rescisão, os membros indicados pela Itaúsa no Conselho de Administração e no Comitê de Auditoria da XP renunciarão aos seus cargos oportunamente e, com isso, a Itaúsa deixará de registrar contabilmente o investimento na XP pelo método de equivalência patrimonial, passando a tratá-lo como ativo financeiro mensurado a valor justo“, diz a companhia sobre o rompimento do acordo de acionistas.
“Essa mudança no tratamento contábil pela Itaúsa, conforme exigido pelas normas contábeis, impactará positivamente o resultado do terceiro trimestre de 2023 em, aproximadamente, R$ 860 milhões (valor líquido), considerando a cotação da ação da XP e a taxa de câmbio de fechamento de 7 de julho de 2023″, completa.
Segundo a Itaúsa, a holding manterá o plano de desinvestimento na XP, conforme já comunicado, por não se tratar de ativo estratégico.
A postura vai em linha com as declarações dadas pelos executivos nos últimos meses, considerando um foco no setor não financeiro.
Atualmente, a venda de papéis da XP deve resultar em recursos que serão “destinados majoritariamente ao reforço de caixa e à ampliação do nível de liquidez da Itaúsa”.
Veja última venda de ações da XP pela Itaúsa
A holding informou ainda no dia 7 de junho que fez uma venda de 12 milhões de ações classe A de emissão da XP pelo valor aproximado de R$ 1,1 bilhão.
Os papéis correspondem a 2,27% do capital da corretora (desconsideradas as ações em tesouraria).
Segundo comunicado, a transação terá impacto positivo nos resultados da Itaúsa no segundo trimestre de 2023 em aproximadamente R$ 400 milhões, líquidos de impostos.