Nesta segunda-feira (12), a Itaúsa (ITSA4) e a Votorantim concluíram a compra da participação de 14,86% na CCR (CCRO3), por R$ 4,1 bilhões.
Do total de ações adquiridas, a Itaúsa ficou com o equivalente a 10,33% do capital total da CCR, num investimento total de R$ 2,9 bilhões. Os recursos utilizados na transação são provenientes do seu caixa próprio e da 5ª emissão de debêntures concluída recentemente.
“A CCR reúne características fundamentais da estratégia de alocação eficiente de capital da Itaúsa, que considera empresas líderes em seus setores de atuação, a relação risco/retorno atrativa, o potencial de crescimento e impacto positivo para a sociedade […]”, disse a Itaúsa em fato relevante ao mercado.
Assim como os demais acionistas controladores da CCR, a holding terá o direito de indicar o mesmo número de conselheiros de administração, assim como um integrante para os comitês de Gente e ESG, Compliance e Riscos, Resultados e Finanças e Novos Negócios.
Por fim, a Itaúsa reafirmou sua “confiança no futuro do Brasil com a adição deste novo investimento ao seu portfólio de participações”, e reforçou o s”eu compromisso com a criação de valor de longo prazo para seus acionistas”.
Itaúsa (ITSA4) deve aumentar ritmo nos dividendos; entenda por quê
A Itaúsa (ITSA4) deve distribuir mais dividendos ao mercado no futuro próximo, analisa o BTG Pactual.
Os analistas visitaram a sede de Itaúsa para uma reunião com José Leoni, gerente de Relações com Investidores Comunicação, e, a partir disso, listaram uma série de indicativos de que a Itaúsa deve ser nome interessante nos proventos, sendo eles:
- a empresa deve dar fim a uma fase mais intensa de investimentos, iniciada em 2017;
- o Itaú (ITUB4) continua como a única posição financeira central na carteira da holding, que venderá sua participação em XP (XPBR3) ao longo do tempo – o que deve reduzir a alavancagem;
- a parte não financeira da empresa deve exigir menos caixa e permitir maior repasse aos acionistas.
“Menos novos investimentos e menor alavancagem significam que é natural esperar mais dividendos em relação aos últimos dois anos”, afirma a casa.
Apesar de não cobrir Itaúsa, o BTG destaca um desconto “excessivo” da ação, acima da média histórica de 20%.