Itaúsa (ITSA4) tem lucro líquido recorrente de R$ 3,01 bilhões no 2T22, alta de 5,5%
A Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú (ITUB4), a Dexco (DXCO3) e Alpargatas (ALPA4), divulgou nesta segunda que obteve lucro líquido recorrente de R$ 3,018 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), de acordo com release divulgado nesta segunda-feira (15).
Essa valor representa aumento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido caiu 12,5% na mesma base comparativa, para R$ 3,076 bilhões.
“O lucro líquido foi afetado por eventos não recorrentes, que totalizaram efeito negativo de R$ 58 milhões no 2T22”, diz o balanço da Itaúsa.
- Na holding, houve resultado não recorrente relativo ao recebimento de earn-outs oriundos da venda da Elekeiroz.
- No Itaú, o principal efeito foi o impacto negativo relativo ao teste de readequação do passivo.
- Na Dexco, o resultado da LD Celulose, ainda em fase de ramp-up no 2T22, foi o principal evento não recorrente.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente chegou a 18%, queda de 1,1 ponto percentual sobre o mesmo período do ano anterior.
No final do trimestre, o ativo total da holding era de R$ 75,802 bilhões, alta de 9,2% em um ano. O patrimônio líquido, por sua vez, era de R$ 67,498 bilhões, acréscimo de 10,4% no mesmo período.
O resultado recorrente das empresas investidas totalizou R$ 3,302 bilhões no 2T22, aumento de 12% sobre o 2T21.
Já as despesas administrativas alcançaram R$ 47 milhões entre abril e junho, crescimento de 40% no comparativo anual.
O valor de ativos da Itaúsa no 2T22, com base no valor da ação mais líquida (ITSA4), era de R$ 73,6 bilhões, enquanto a soma das participações nas empresas investidas a valor de mercado totalizava R$ 96,3 bilhões, resultando em um desconto de 23,6%, redução de 0,3 ponto percentual ante os 23,9% no final de junho do ano passado.
Alocação eficiente de capital da Itaúsa no 2T22
A alienação de 1,26% do capital da XP Inc, de R$ 665 milhões, impactou positivamente o resultado do segundo trimestre da Itaúsa em R$ 300 milhões para os resultados do 3T22.
No total, foi uma venda de 7 milhões de ações Classe A da XP Inc. “A Itaúsa passou a deter diretamente 10,31% do capital total da XP e 3,68% de seu capital votante”, afirma a holding, no release.
Sobre a CCR (CCRO3), no início de julho, foram assinados os contratos para o investimento da Itaúsa em conjunto com a Votorantim na CCR no montante total
de aproximadamente R$ 4,1 bilhões, para aquisição de 14,86% de participação no capital total da CCR. Do total, a parcela referente à Itaúsa corresponde a R$ 2,9 bilhões de investimento para aquisição de 10,33% do capital total da CCR.
No trimestre, a maior parte do resultado da Itaúsa veio das participações no setor financeiro, sendo que o Itaú contribuiu com a maior parcela, de R$ 2,704 bilhões, e a XP, com R$ 121 bilhões. No setor não-financeiro, a maior contribuição veio da NTS, que conferiu lucro de R$ 364 milhões à holding.
Em junho, a Itaúsa tinha endividamento líquido de R$ 3,478 bilhões, 10,1% abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2021. Segundo a empresa, isso representava uma alavancagem de 4,6%.
O passivo total da holding era composto por R$ 4,618 bilhões em debêntures, R$ 1,763 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio a pagar e R$ 1,713 bilhões em provisões.
No final do trimestre, o prazo médio da dívida da Itaúsa era de 5 anos e sete meses, com custo médio de CDI + 1,67% ao ano.
Cotação
As ações da Itaúsa fecharam o pregão de hoje em alta de 0,11%, cotadas a R$ 9,45. No ano, acumulam ganhos de 4,77%.
Com informações do Estadão Conteúdo