A Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú (ITUB4), a Dexco (DXCO3) e Alpargatas (ALPA4), teve lucro líquido recorrente de R$ 4,185 bilhões no quarto trimestre de 2021, avanço de 53,2% na comparação anual.
O lucro líquido contábil foi de R$ 4,117 bilhões no 4T21, número que representa avanço de 12,4% ante o mesmo período de 2020.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) sobre o PL Médio da Itaúsa atingiu 25,6% nos últimos três meses do ano, recuo de 0,6 ponto porcentual na comparação anual. O ROE recorrente, por sua vez, foi de 26%, crescimento de 6,4 pontos porcentuais.
No ano de 2021, o lucro líquido da Itaúsa somou R$ 12,2 bilhões, alta de 72,9% sobre 2020, enquanto o lucro líquido recorrente avançou 68,1%, para R$ 12,136 bilhões.
O ROE sobre o PL Médio de 2021 foi de 20,1% (+7,1 p.p.) e o ROE recorrente chegou a 19,9% (+6,6 p.p.).
O ativo total da holding no quarto trimestre somou R$ 74,602 bilhões, 18,4% superior ao do mesmo período do ano anterior. O patrimônio líquido fechou dezembro em R$ 65,886 bilhões, 14,9% maior do que em igual intervalo de 2020.
Setor financeiro da Itaúsa e debêntures da Aegea
O setor financeiro teve desempenho total de R$ 2,725 bilhões, avanço de 15% em relação ao quarto trimestre de 2020. O setor não financeiro da Itaúsa somou R$ 859 milhões, alta de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A companhia registrou crescimento de 171% no endividamento líquido em seu balanço patrimonial, atingindo R$ 3,793 bilhões.
O resultado financeiro foi de R$ 101 milhões de despesas, contra despesas de R$ 4 milhões um ano antes.
Segundo a Itaúsa, o resultado se deve, principalmente, às novas debêntures emitidas para financiar as aquisições de participação acionária na Copa Energia e na Aegea Saneamento, além de maiores despesas com juros em decorrência da maior taxa básica de juros no período, parcialmente compensado pela maior rentabilidade do caixa.
As despesas administrativas totalizaram R$ 39 milhões no quarto trimestre, crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente em função de despesas relacionadas à campanha institucional de posicionamento da marca Itaúsa ocorrida no período.
Segundo a Itaúsa, “as empresas investidas apresentaram sólidos avanços em desempenho operacional” e detalha: “No setor bancário, o lucro foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, que superou R$ 1 trilhão, a melhor margem financeira e o menor volume de perdas esperadas com operações de crédito, combinado com o controle eficiente das despesas gerais e administrativas.”
Em bens de consumo e materiais para construção civil, as controladas Alpargatas (ALPA4) e Dexco (DXCO3) “aproveitaram as suas estruturas eficientes e o bom momento de mercado para alavancar suas vendas, bem como a receita líquida e o EBITDA, mesmo com pressões no custo de alguns insumos.”
A Itaúsa diz que a Dexco teve o “melhor ano da história em desempenho de EBITDA e rentabilidade” – e a Alpargatas, um EBITDA histórico.
Os segmentos de distribuição e transporte de gás, compostos por Copa Energia e NTS, também apresentaram incremento de receita. “Adicionalmente, os resultados da XP Inc. também contribuíram positivamente para o resultado da holding”. Veja os principais números da holding:
Com informações do Estadão Conteúdo