Itaúsa (ITSA4) lucra R$ 2,3 bilhões no 3T21, alta de 32%
A Itaúsa (ITSA4) divulgou nesta segunda-feira (8) os resultados obtidos no terceiro trimestre de 2021. O lucro líquido alcançou R$ 2,7 bilhões no período, alta de 32%.
O lucro líquido recorrente foi de R$ 2,7 bilhões, avanço de 35%.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) sobre o PL Médio atingiu 18% no acumulado do ano, aumento de 9,7 pontos porcentuais na comparação anual. O ROE recorrente, por sua vez, foi de 17,7%, crescimento de 6,5 pontos porcentuais.
O ativo total da holding somou R$ 70,712 bilhões no trimestre, 21,8% superior ao do mesmo período do ano passado. O patrimônio líquido fechou setembro em R$ 62,6 bilhões, 14,9% maior do que em igual intervalo de 2020.
O setor financeiro teve desempenho total de R$ 2,6 bilhões, avanço de 40% em relação ao terceiro trimestre de 2020. O setor não financeiro da Itaúsa somou R$ 167 milhões, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A companhia registrou crescimento de 1.584% no endividamento líquido em seu balanço patrimonial, atingindo R$ 4,024 bilhões.
O resultado financeiro foi de R$ 73 milhões de despesas, aumento de R$ 70 milhões em comparação ao terceiro trimestre do ano passado.
Segundo a Itaúsa, o valor se justifica, principalmente, em razão “das novas debêntures emitidas para financiar as aquisições de participação acionária na Copa Energia e na Aegea Saneamento, além de maiores despesas com juros em decorrência da maior taxa básica de juros no período, parcialmente compensado pela maior rentabilidade do caixa”.
As despesas administrativas totalizaram R$ 37 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente em função de despesas relacionadas à campanha institucional de posicionamento da marca Itaúsa ocorrida no período.
Alta da carteira de crédito
O Retorno Recorrente Gerencial sobre o Patrimônio Líquido Médio anualizado encerrou o trimestre em 17,4%, uma alta de 2,7 pontos percentuais, em comparação com os 14,7% registrados no mesmo período de 2020.
As receitas com prestação de serviços, resultado de seguros e previdência cresceram 12% no comparativo anual devido ao maior faturamento na emissão de cartões e de maiores ganhos com assessoria econômico-financeira, em função da maior atividade do mercado de capitais.
Já em relação à carteira de crédito total, o Itaúsa afirma que cresceu 13,7% em comparação com o terceiro trimestre de 2020, atingindo R$ 966 milhões ao final de setembro desse ano.
Segundo a instituição, a alta da carteira de crédito foi impulsionada pelo crescimento nos principais segmentos no Brasil (+28% em pessoas físicas, +19% em micro, pequenas e médias empresas e +12% em grandes empresas). O efeito positivo do crescimento da carteira foi acompanhado pelo aumento de 49,5% na receita de juros com operações de crédito.
Investimentos do Itaúsa também avançam
As empresas investidas pelo Itaúsa reportaram avanços significativos nos resultados operacionais. “No setor bancário, destacam-se o crescimento da carteira de crédito, a melhor margem financeira e o menor volume de perdas esperadas com operações de crédito, aliados ao controle eficiente das despesas gerais e administrativas, crescendo abaixo da inflação, impulsionando o desempenho do lucro”, diz o balanço.
Em bens de consumo e materiais para construção civil, Alpargatas (ALPA4) e Dexco (DXCO3) apresentaram recordes de resultados, com crescimento nas vendas, na receita líquida e no EBITDA, mesmo com pressões no custo de alguns insumos. A Dexco teve neste trimestre seu melhor desempenho na história.
Os segmentos de distribuição e transporte de gás, representados por NTS e Copa Energia, também apresentaram melhora de receita. Já a Aegea, do segmento de saneamento básico, cujos resultados passaram a ser reconhecidos pela Itaúsa a partir deste trimestre, registrou ganhos expressivos de EBITDA e lucro líquido.
Adicionalmente, os resultados da XP também contribuíram positivamente para o resultado da holding, conclui o Itaúsa.
(Com Agência Estado)